Nação

Lula Defende Alinhamento com a China: "Vendemos para Quem Quer Comprar"

2025-09-05

Autor: Carolina

Lula Fala Sobre Relação com a China

Em uma declaração impactante durante uma entrevista ao "SBT Brasil", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que o Brasil está aberto para negociar com todos que desejam comprar seus produtos. "O Brasil produz e quer vender seus produtos, e a gente vende pra quem quer comprar", afirmou Lula, ressaltando a postura pragmática do país em relação ao comércio internacional.

TENSÕES COM OS ESTADOS UNIDOS

O presidente também abordou as complicações recentes nas relações comerciais com os Estados Unidos, especialmente após a implementação de tarifas pesadas durante o governo de Donald Trump. Essas tarifas, que podem chegar a 50%, foram justificadas pelo ex-presidente com alegações de uma "relação comercial desequilibrada" que, segundo ele, não beneficiava os norte-americanos.

Comparação de Balanças Comerciais

Lula não hesitou em comparar a balança comercial entre o Brasil e a China com a do Brasil e os EUA. Ele destacou que o comércio com a China é atualmente o dobro do que é feito com os Estados Unidos, acrescentando que, com os chineses, o Brasil mantém um superávit, ao contrário do déficit registrado nas transações com os EUA.

Apoio Internacional e Diálogo com a China

Recentemente, Celso Amorim, assessor especial de Lula, participou de um desfile militar na China, onde discutiu temas como o multilateralismo e o fortalecimento do Sul Global com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi. Em um gesto diplomático, Amorim entregou uma carta de felicitações de Lula ao presidente chinês Xi Jinping, parabenizando as celebrações do "Dia da Vitória".

Fortalecendo Parcerias

Em agosto, Lula estabeleceu uma conexão direta com Xi Jinping em uma conversa telefônica que durou cerca de uma hora, abordando parcerias bilaterais e novas oportunidades de negócios. Além disso, em julho, o Brasil e a China assinaram um memorando de cooperação em diversas áreas, incluindo desenvolvimento sustentável e sinergias estratégicas.

Acordos Bilaterais

No mês de maio, Lula também promoveu uma grande expansão das relações comerciais, assinando aproximadamente 36 acordos com empresas chinesas durante sua visita ao país asiático. Entre os setores envolvidos estavam o farmacêutico, automotivo e de delivery, com destaque para a parceria com a montadora GWM e a chegada da Meituan no Brasil, que promete competir com o iFood.

O Futuro do Comércio Brasil-China

O desenvolvimento dessa relação comercial tem o potencial de trazer enormes benefícios para o Brasil, especialmente em um momento em que o mundo busca alternativas à dependência econômica, valorizando parcerias que promovem o crescimento sustentável e a inovação.