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Lavrov Revela: Brasil é a Chave para um Novo Sistema Financeiro Global Sem o Dólar!

2024-11-03

Autor: Lucas

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, destacou a importância do Brasil na criação de um sistema financeiro alternativo ao dólar durante a recente cúpula do BRICS em Kazan. Com a presidência russa focada em expandir a influência do grupo, Lavrov afirmou que na próxima cúpula, prevista para 2024, sob a liderança brasileira, o Brasil desempenhará um papel crucial nesse avanço.

Lavrov ressaltou a crescente adesão de países ao BRICS, que passou de cinco para dez membros, ressaltando que essa expansão reflete o desejo de países em desenvolvimento, especialmente os do BRICS, de terem maior representação nos órgãos financeiros globais como o FMI e Banco Mundial. A audiência passou a ver o BRICS como uma alternativa viável à dominação do sistema financeiro ocidental, evidenciando uma mudança no cenário econômico global.

"O dólar está se tornando uma arma em disputas econômicas, e isso nos tornou ainda mais determinados a criar um sistema financeiro paralelo, utilizando moedas locais e mecanismos interbancários que não dependam do dólar", afirmou Lavrov. Ele destacou que os EUA possuem controle excessivo, bloqueando a reforma necessária das quotas no FMI e na OMC, o que tem gerado frustrações entre os países em desenvolvimento.

Além do setor financeiro, iniciativas como a criação de uma bolsa de grãos do BRICS, uma plataforma de investimentos e grupos de trabalho nas áreas de transporte e medicina nuclear foram discutidas e estão em processo de implementação. Essas propostas, com forte apoio dos países africanos membros do BRICS, demonstram um foco em ações práticas que beneficiem diretamente a economia real.

A cúpula também discutiu a importância da cooperação cultural e humanitária, com eventos como os Jogos Esportivos do BRICS atraindo a participação de mais de 80 países. Isso não apenas fortalece os laços entre os membros, mas também amplia a visibilidade do BRICS no cenário global.

Lavrov também abordou temas geopolíticos, como a crise no Oriente Médio e o conflito na Ucrânia, enfatizando que o BRICS se posicionará como defensor de soluções que respeitem os direitos humanos e a soberania dos povos, contrastando fortemente com as abordagens ocidentais. Ele concluiu expressando otimismo sobre o futuro do BRICS, especialmente com o Brasil assumindo a presidência, e acredita que essa nova fase proporcionará ainda mais relevância e eficácia nas ações do grupo.