MOSCOU (Reuters) – O Kremlin anunciou que está disposto a analisar o chamado "plano de vitória" do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desde que informações oficiais a respeito sejam compartilhadas. Esta declaração foi feita nesta segunda-feira (23) e vem em um momento crítico da guerra entre Rússia e Ucrânia, onde a tensão continua em alta.

Zelensky tem uma agenda cheia, pois planeja apresentar seu novo plano ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e também aos potenciais sucessores Kamala Harris e Donald Trump durante uma viagem a Washington. Um ponto crucial dessa visita será seu discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorrerá na terça-feira. A expectativa é que ele forneça uma visão clara sobre seus objetivos com esse plano de paz.

Até agora, os detalhes do plano não foram divulgados publicamente, mas acredita-se que a proposta de Zelensky seja uma tentativa firme de convencer os EUA e os aliados ocidentais a aumentar substancialmente a ajuda militar e humanitária à Ucrânia. Esse movimento é visto como essencial para pressionar Moscou a aceitar condições que favoreçam Kiev e garantam um cessar-fogo duradouro.

Autoridades da Ucrânia sugeriram que, sob a nova proposta, a Rússia poderia até ser convidada a participar de uma cúpula para discutir soluções para o conflito. Essa mudança pode indicar uma disposição do lado ucraniano para abordar a questão de maneira mais diplomática, algo que vem sendo debatido intensamente no cenário internacional.

Ao ser questionado sobre a iniciativa, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que "não devemos nos basear em informações da imprensa". Ele enfatizou que a Rússia aguardará a divulgação de informações oficiais antes de qualquer análise, afirmando ainda que há muitas informações contraditórias circulando atualmente, o que requer cautela.

Com a guerra se arrastando e causando inúmeras vítimas, a população ucraniana continua em busca de esperança, enquanto a comunidade internacional observa atentamente cada movimento de ambos os lados. Muitos se questionam: Será que um acordo de paz está a caminho ou a escalada do conflito é inevitável?