O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, lançou um alerta vermelho ao ordenar a "produção em massa" de drones explosivos após observar um teste desses dispositivos em uma fábrica, segundo informou a agência estatal de notícias do país na última sexta-feira (15).

Kim supervisionou um teste de drones projetados para atacar alvos tanto terrestres quanto marítimos, realizado pelo Complexo de Tecnologia Aérea Não Tripulada (UATC). Durante esse evento, o líder enfatizou a urgência de estabelecer um sistema de produção em larga escala rapidamente, destacando a importância desses drones para a capacidade ofensiva do regime, que ele descreveu como "fácil de usar" devido ao seu custo baixo e versatilidade.

Esses drones não tripulados são equipados com explosivos e são projetados para colidir deliberadamente com alvos inimigos. A Coreia do Norte apresentou seus modelos de drones pela primeira vez em agosto deste ano, o que especialistas conectaram a um estreitamento de laços de segurança com a Rússia. Os drones mostrados possuem semelhanças com os israelenses "HAROP" e "HERO 30", além dos russos "Lancet-3".

Informações sugerem que a Coreia do Norte pode ter adquirido tecnologia de drones da Rússia, que por sua vez a obteve do Irã. Especialistas acreditam que Teerã obteve essa tecnologia por meio de ciberataques contra Israel, um reflexo das crescentes tensões geopolíticas na região.

A escalada na produção de drones é uma parte da estratégia militar da Coreia do Norte, que tem focado em integrar esses dispositivos em suas operações. A utilização de drones tem sido fundamental no conflito entre Rússia e Ucrânia, que se intensificou a partir da invasão russa em fevereiro de 2022. Ambos os lados do conflito têm usado drones de forma estratégica, tornando-os uma arma crucial na guerra moderna.

Enquanto isso, os Estados Unidos e a Coreia do Sul estão se preparando para realizar exercícios militares conjuntos em resposta aos últimos testes de mísseis da Coreia do Norte, em meio a crescentes preocupações com as intenções militares de Pyongyang. A combinação de drones avançados e exercícios militares conjuntos pode significar um aumento nas tensões na península coreana e um novo desafio para a segurança internacional.