
Jogador do São Paulo é diagnosticado com embolia pulmonar; entenda a doença
2025-04-05
Autor: Gabriel
O volante Luiz Gustavo, jogador do clube de futebol São Paulo, foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, diagnosticado com tromboembolismo pulmonar, uma condição médica grave que pode ter consequências fatais se não tratada rapidamente.
A tromboembolia pulmonar ocorre quando um coágulo sanguíneo, geralmente originado nas veias das pernas, desloca-se até os pulmões, bloqueando uma artéria pulmonar. Este bloqueio dificulta a passagem do sangue e compromete a oxigenação do corpo, podendo levar a complicações severas, como a falência cardíaca. Segundo o pneumologista Humberto Bogossian, "na área afetada, o sangue não consegue circular, resultando em uma troca de gases insuficiente no pulmão".
O principal risco associado à embolia pulmonar é a sobrecarga do coração. O ventrículo direito, que é responsável por bombear o sangue para os pulmões, não consegue lidar com a obstrução das artérias. "A resistência nas artérias pulmonares aumenta subitamente, e o coração não tem tempo para se adaptar a essa nova condição", explica o pneumologista Marcelo Jorge Jacó, especialista em doenças pulmonares.
O diagnóstico é confirmado através de uma angiotomografia de tórax, um exame que permite visualizar os vasos sanguíneos e detectar a presença de coágulos.
Sintomas e fatores de risco
Os sintomas do tromboembolismo pulmonar podem variar; em alguns casos, a doença é assintomática, enquanto outros pacientes podem apresentar falta de ar súbita, dor no peito, tosse com secreção e sangue. Em situações mais graves, podem ocorrer febre e até desmaios.
Pessoas que ficam imobilizadas por longos períodos, como pacientes internados ou acamados, estão em maior risco de desenvolver essa condição. Câncer, idade avançada e gestação recente também são fatores de risco. É importante que esses grupos tomem precauções e, quando necessário, utilizem medicamentos prevenções. Caso não seja identificada uma causa específica para a formação de coágulos, a prevenção pode se tornar um tratamento contínuo.
Opções de tratamento
O tratamento para embolia pulmonar, conforme destaca o pneumologista André Nathan, do Hospital Sírio-Libanês, é predominantemente feito com medicamentos anticoagulantes, que evitam a formação de novos coágulos e, consequentemente, novas embolias. Para casos mais graves, medicamentos trombolíticos são utilizados para dissolver os coágulos, embora aumentem o risco de hemorragias e somente sejam indicados em situações críticas.
Essa situação de saúde de Luiz Gustavo levanta um alerta importante sobre a embolia pulmonar, uma doença que, embora grave, pode ser tratada com eficácia quando diagnosticada precocemente. Muitas vidas podem ser salvas com a conscientização e a educação sobre os sintomas e riscos dessa condição.