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Jéssica Ellen Reflete sobre 'Volta Por Cima', Maternidade e seu Álbum de Candomblé

2024-09-30

Jéssica Ellen e seu retorno à atuação

A atriz Jéssica Ellen celebra sua primeira protagonista 12 anos após sua estreia em 'Malhação: Intensa como a Vida' (2012). Para ela, este é um marco significativo, especialmente na luta pelo protagonismo de mulheres negras nas telas. Jéssica destaca a importância de artistas como Sheron Menezzes, que se destacou recentemente em 'Vai na Fé', uma novela que trouxe à tona as realidades do subúrbio brasileiro.

"É um momento histórico. Temos Duda Santos na novela das 6, eu na das 7 e Gabz na das 9. É uma celebração de um caminho que foi aberto por muitas atrizes negras antes de nós. Sou muito grata por isso e espero que essas oportunidades se multipliquem para todas as mulheres, incluindo trans, LGBTQIA+ e indígenas", afirma Jéssica.

A personagem e suas transformações

A personagem de Jéssica é muito próxima da realidade e promete causar identificação em muitas pessoas. Ela se apresenta como alguém que vive uma série de transformações, especialmente quando enfrenta a traição de seu noivo, Chico (Amaury Lourenço), e descobre o verdadeiro amor com Jão (Fabrício Boliveira). Esta relação revela como conflitos e desavenças podem ocultar um forte atrativo entre os dois.

A maternidade e o retorno à atuação

O papel em 'Volta Por Cima' marca um retorno especial para Jéssica, que se tornou mãe em dezembro de 2022, com o nascimento de Málio Dayo, fruto do seu relacionamento com o ex-marido Dan Ferreira. "Voltar a atuar após a maternidade é uma alegria. Ter feito um filme logo no início do ano me ajudou a retomar o amor pela atuação, que pode ser um processo natural para todas as mulheres que se tornam mães, exigindo tempo e dedicação", diz a atriz. Ela reforça que o amor pela profissão a faz retornar mais feliz para casa e para seu filho.

A música e a religião como forma de expressão

Além da atuação, Jéssica Ellen está trabalhando em seu terceiro álbum da trilogia dedicada ao candomblé, seguindo os sucessos de 'Sankofa' (2018) e 'Macumbeira' (2021). Os álbuns acumularam milhões de reproduções no Spotify e Jéssica expressa sua alegria em ver que sua arte ressoa com tantas pessoas, mesmo aquelas sem ligação com a religião.

"É gratificante saber que minha música emociona e educa. Recebo mensagens de pessoas que não conhecem o candomblé mas que se encantam com as melodias e arranjos. Isso mostra que nossa religião é parte da nossa cultura", observa Jéssica. Ela menciona também que o preconceito é um problema de quem o sente, e não dela. "Meus orixás me protegem e tenho certeza de que meu trabalho é apreciado por aqueles que realmente se importam. O respeito e o amor são fundamentais em todas as religiões", conclui.

Conclusão: A força da arte de Jéssica Ellen

Jéssica Ellen é um exemplo de como a arte pode não apenas entreter, mas também promover o entendimento e reduzir preconceitos. Seu retorno à televisão e a continuidade de sua trilogia musical refletem a força de uma mulher que está escrevendo sua própria história na indústria cultural brasileira.