
Janaina Paschoal Liga Uso de PrEP ao Aumento de Casos de Sífilis—Entenda a Controvérsia!
2025-09-01
Autor: Julia
A Declaração Polêmica de Janaina Paschoal
A vereadora de São Paulo, Janaina Paschoal, associou o uso da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), um método eficaz de prevenção contra o HIV, ao crescimento preocupante de infecções por sífilis na capital paulista. Em uma postagem nas redes sociais, ela questionou os gastos do governo municipal com o medicamento, afirmando que muitos o utilizam para manter relações sexuais sem proteção.
Reações da Saúde Pública
Paschoal não hesitou em criticar a falta de campanhas promovendo o uso de preservativos, enfatizando que estes são essenciais para evitar diversas doenças sexualmente transmissíveis, além de gravidezes indesejadas. "Após a distribuição excessiva de medicamentos que possibilitam relações irresponsáveis, tivemos uma explosão de casos de sífilis. É hora de discutir isso!", declarou.
Dados que Chamam a Atenção
Além de seu apelo nas mídias sociais, a vereadora mencionou um estudo da Universidade Monash, publicado em 2019, que revelou que 72% dos usuários de PrEP por mais de um ano foram diagnosticados com clamídia, gonorreia ou sífilis. A crítica gerou um debate acalorado sobre a eficácia da PrEP.
Resposta da Secretaria Municipal da Saúde
A Secretaria Municipal da Saúde refutou essa associação, defendendo que a PrEP e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) são estratégias reconhecidas internacionalmente que levaram a uma drástica redução de novas infecções por HIV em São Paulo. Desde 2016, a cidade registrou uma queda de cerca de 55% nos novos casos, com foco maior entre os jovens.
A Questão da Sífilis em São Paulo
Além disso, a capital paulista está entre as cidades brasileiras com as menores taxas de incidência de sífilis congênita, de acordo com um boletim do Ministério da Saúde. A cidade também está investindo em maior acesso a preservativos e testagem, tendo distribuído mais de 82 milhões de preservativos recentemente.
Cenário Nacional de Sífilis
Enquanto isso, o Brasil, entre 2010 e 2024, registrou mais de 1,5 milhão de casos de sífilis adquirida, com uma crescente generalizada nos casos desde 2020, exceto um breve declínio. Em 2023, a taxa de casos alcançou o maior índice em anos.
Apesar do aumento geral, as autoridades enfatizam que não há evidências que conectem a distribuição de PrEP ao crescimento das infecções. Serviços de saúde continuam oferecendo preservativos e promovendo prevenção. Esta polêmica levanta importantes debates sobre saúde sexual e o papel das instituições na proteção dos cidadãos.