Tecnologia

Israel Revela Estratégia Sinistra: Empresa de Fachada na Hungria Montou Pagers Explosivos Usados pelo Hezbollah

2024-09-19

Em um dia apocalíptico na última terça-feira (17), os pagers começaram a apitar no Líbano, marcando o início de uma tragédia com consequências devastadoras. Após as 15h30 (horário local), os alertas geraram um caos nas ruas, ecoando mensagens que, surpreendentemente, não eram dos líderes do Hezbollah, mas de seu inimigo declarado: Israel.

A consequência foi trágica: as explosões, que seguiram os sinais dos pagers, resultaram em mais de uma dezena de mortos e cerca de 2.700 feridos, entre eles crianças. As cenas eram de desespero, com testemunhas relatando amputações e pessoas caindo ao chão em agonia. Mohammed Awada, de 52 anos, compartilhou que presenciou uma das explosões, levando seu filho a entrar em pânico ao ver uma mão voando pelos ares.

O Líbano, uma nação já frágil, viu-se ainda mais dilacerada por essa nova tática de guerra, ao que parece orquestrada por Israel. Funcionários de defesa e inteligência que conversaram sob condição de anonimato confirmaram que os ataques foram planejados com complexidade e precisão. As explosões foram complicadas pelo uso sofisticado de tecnologia, evidenciando a vulnerabilidade do Hezbollah a essas novas formas de guerra.

Num movimento astuto, Israel montou uma empresa de fachada na Hungria, batizada de BAC Consulting, que alegava ser uma produtora legítima de pagers. Na verdade, a companhia estava profundamente enraizada na inteligência israelense e era responsável por criar dispositivos equipados com explosivos PETN que eram enviados clandestinamente ao Líbano. Os pagers comuns, que serviam de fachada, estavam longe de representar o que realmente significavam para a facção do Hezbollah.

A história do Hezbollah e suas tentativas de se proteger da espionagem israelense se entrelaçam com essa estratégia. Após o aumento das tensões em meio à guerra da Faixa de Gaza no ano anterior, seu líder, Hassan Nasrallah, reconheceu o risco que os celulares representavam e fez um apelo para que seus membros utilizassem pagers. A Inteligência israelense, no entanto, estava um passo à frente e percebeu a chance de transformar esses dispositivos em armas.

Entre 2022 e 2023, os pagers começaram a ser encomendados em massa, com informações sobre a localização dos membros do Hezbollah sendo coletadas através de novos métodos de vigilância. A cada envio, a percepção de segurança dos extremistas diminuiu drasticamente, enquanto Israel incorporava uma metodologia que transformava cada pager em um potencial emissor de morte.

Diante do caos produzido, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, reafirmou seu compromisso de garantir a segurança de mais de 70 mil israelenses que foram forçados a deixar suas casas devido aos ataques do Hezbollah. A ativação dos pagers indicava um novo capítulo nas hostilidades, onde a tecnologia não apenas informava, mas também decidia vidas e mortes.

No dia 18, mais explosões ocorreram em um funeral, causando pânico generalizado entre os presentes, muitos dos quais gritaram por socorro e imploraram que desligassem seus celulares, indo além da paranoia, numa nova apoteose de terror. Um dispositivo que deveria facilitar a comunicação se tornou um símbolo do fim da segurança no cotidiano dos libaneses.

O que se desenrolou neste trágico evento serve como um lembrete sombrio de como a tecnologia pode ser manipulada para fins nefastos, deixando uma sociedade ferida se perguntando: até onde irá a guerra e quem estará próximo de ser a próxima vítima?