Israel encerra ação militar em hospital de Gaza enquanto situação humanitária se agrava
2024-12-28
Autor: Gabriel
Neste sábado (28), o Exército israelense anunciou o fim de sua operação em um hospital no norte da Faixa de Gaza, onde estavam alegadamente operando centros de comando do Hamas. A ação resultou na detenção do diretor da instituição, Dr. Hosam Abu Safiya, que, segundo as autoridades israelenses, é suspeito de ligações com o grupo terrorista.
Em comunicado, o exército afirmou que "as forças prenderam mais de 240 terroristas nas áreas circundantes". Essa operação faz parte de uma intensificação das campanhas militares israelenses que se iniciaram em 6 de outubro, focadas em desmantelar as estruturas do Hamas na região.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em meio ao caos, que o hospital Kamal Adwan, considerado o último centro de saúde operacional no norte de Gaza, estava completamente "vazio" após um ataque na sexta-feira. Os últimos 15 pacientes críticos e os profissionais de saúde presentes foram transferidos para um hospital indonésio que, segundo a OMS, não possui os equipamentos necessários para garantir cuidados adequados. A situação deixa centenas de pessoas sem acesso a serviços médicos em uma área já devastada pela violência.
"A OMS se declará consternada com o ataque e a drástica deterioração dos serviços de saúde na região", afirmou um porta-voz da organização. Além disso, foram registradas denúncias de que civis estão sendo forçados a evacuar suas casas e caminhar para o sul sob condições extremas.
O Ministério da Saúde controlado pelo Hamas denunciou que dezenas de trabalhadores da saúde foram levados para interrogatório em um centro de detenção israelense, aumentando a tensão e a indignação em meio a uma crise humanitária sem precedentes.
As operações militares no norte da Faixa de Gaza, que já haviam sido alvo de críticas internacionais, são apontadas como um fator que intensifica uma tragédia humanitária, com mais de 75 mil palestinos na linha de tiro e em condições precárias. A comunidade internacional observa atentamente o desenrolar dos eventos, enquanto apelos por um cessar-fogo se intensificam.