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Israel Confirma a Morte de Comandante do Hezbollah em Ataque Aéreo em Beirute

2024-09-24

Fumaça se eleva no Sul do Líbano após intensos ataques israelenses, visíveis a partir de Tiro, nesta terça-feira (24). O ataque resultou na confirmação da morte de um destacado comandante do Hezbollah, identificado como Qabisi. Ele ingressou na organização na década de 1980 e, desde então, ocupou vários altos postos militares. Qabisi estava vinculado a uma série de ataques devastadores contra civis e soldados israelenses.

Um comunicado divulgado nas redes sociais destaca que ao longo dos anos, ele foi responsável por lançar mísseis contra áreas civis em Israel. "Qabisi era um ativo crucial nas estratégias de ataque devido ao seu amplo conhecimento em sistemas de mísseis e por suas conexões com lideranças militares do Hezbollah", acrescenta o documento.

Apesar da gravidade da situação, o Hezbollah ainda não emitiu nenhuma declaração oficial sobre a morte de Qabisi.

Nesta terça-feira, o Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em um pronunciamento na base de Inteligência militar, declarou: "O Líbano está em perigo. Quem possui um míssil em casa e um foguete na garagem, não terá lar seguro".

Nos ataques mais recentes, a Força Aérea de Israel mirou em mais de 1.600 alvos do Hezbollah. Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), durante operações na madrugada desta terça-feira, bombardeios foram realizados em várias localidades no sul do Líbano, em resposta a atos de agressão do Hezbollah contra Israel.

As operações aéreas têm consequências sérias, com o Aeroporto Internacional Rafic Hariri em Beirute sendo forçado a cancelar mais de 30 voos, afetando tanto a chegada quanto a partida de aeronaves de diferentes companhias aéreas.

De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, o ataque resultou na morte de pelo menos seis pessoas e deixou outras 15 feridas apenas na região metropolitana de Beirute. O número total de mortos na segunda-feira (23) chegou a 558, incluindo 50 crianças e 94 mulheres, além de um total de 1.835 feridos.

O ministro libanês Firass Abiad também informou que quatro paramédicos foram mortos quando suas ambulâncias foram atingidas, e um ataque separado ocorreu em um hospital em Bint Jbail.

As forças israelenses alegam que suas ações têm como objetivo desmantelar células terroristas do Hezbollah, que foram responsabilizadas por ataques contra a região de HaAmakim, ao norte de Israel.

Em resposta, o Hezbollah lançou uma série de ofensivas, realizando bombardeios em posição israelenses, incluindo na base aérea de Ramat David. Isso provocou alarmes em várias cidades do norte de Israel, incluindo Haifa e Nazaré.

Enquanto os ataques continuavam, a tv Al-Manar, associada ao Hezbollah, informou que a milícia lançou foguetes contra uma fábrica de explosivos israelense situada a cerca de 60 km da fronteira entre os países, assim como no aeródromo de Megiddo.

O impacto da escalada de violência causou pânico entre a população civil, resultando em uma fuga em massa do Líbano. As FDI haviam alertado previamente a população para se afastar imediatamente de áreas suspeitas de armazenagem de armas do Hezbollah.

A situação permanece tensa, com os cidadãos divididos entre o medo e a esperança de que as hostilidades cessem em breve. O cenário atual é um dos mais preocupantes desde a guerra de 2006, colocando em evidência a fragilidade da paz na região.