As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que outro líder do Hezbollah, Nabil Kaouk, foi morto durante um ataque. Este acontecimento se segue à anúncio da morte de Sayyed Hassan Nasrallah, líder de longa data do Hezbollah, que foi morto em um ataque aéreo na última sexta-feira (27).

O corpo de Nasrallah foi recuperado em Beirute e estaria intacto, com a causa da morte atribuída a traumatismo causado pela explosão. As IDF afirmaram ter realizado um ataque abrangente, atingindo alvos significativos, incluindo depósitos de armas e lançadores direcionados a Israel. No último fim de semana, os ataques resultaram na morte de pelo menos 11 pessoas, enquanto em duas semanas convulsivas mais de mil vidas foram perdidas e cerca de seis mil pessoas ficaram feridas.

Esse aumento da violência segue um padrão que começou na segunda-feira (23), o dia mais letal no Líbano desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah. Israel também afirma ter eliminado quase toda a cadeia de comando do Hezbollah, garantindo que mais de 20 membros do grupo extremista foram mortos durante esses ataques.

Além de Kaouk e Nasrallah, outras figuras importantes do Hezbollah foram dizimadas, incluindo: - Ibrahim Muhammad Qahbisi, líder do comando de mísseis e foguetes. - Ibrahim Aqil, chefe de operações da Força Radwan. - Fuad Shukr, comandante militar de alta patente. - Ali Karki, comandante da fronteira sul do Líbano. - E muitos outros líderes estratégicos.

O Hezbollah respondeu, prometendo continuar suas ações contra Israel, disparando foguetes em retaliação. A morte de Nasrallah é considerada um golpe significativo para a organização, com análises apontando que sua perda poderia ser comparada a figuras históricas como Osama bin Laden ou Saddam Hussein, principalmente por sua influência no Líbano e no Irã.

O primeiro-ministro libanês declarou três dias de luto oficial, afirmando que o país vive um momento crítico. Especialistas sugerem que a eliminação de liderança do Hezbollah pode alterar o equilíbrio de poder na região, fortalecendo inimigos do grupo extremista e oferecendo um novo cenário de confronto.

Nas quatro décadas à frente do Hezbollah, Nasrallah se tornou um símbolo de resistência tanto para simpatizantes árabes quanto um muçulmano xiita para o grupo radical. Sob sua liderança, o Hezbollah se transformou em uma força militar poderosa, recebendo apoio do Irã, e, enquanto muitos o viam como um herói, outros o consideravam um vilão.

A situação continua a evoluir, com incertezas sobre o futuro da estabilidade no Líbano, um país já severamente impactado por tensões sectárias e conflitos.