O Irã declarou que "usará todas as ferramentas disponíveis" para responder ao ataque aéreo realizado por Israel, que atingiu alvos militares no último fim de semana. A afirmação foi feita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, durante uma coletiva de imprensa semanal exibida na televisão estatal nesta segunda-feira (28).

Baghaei ressaltou que a resposta do Irã será "definitiva e eficaz" contra o que chamou de ‘regime sionista’. O ataque aéreo de Israel, ocorrido no sábado (26), foi minimizado por Teerã, que informou que causou apenas danos limitados, e, segundo o governo iraniano, resultou na morte de quatro soldados.

"A forma como o Irã responderá dependerá da natureza do ataque israelense", complementou Baghaei, embora tenha se recusado a fornecer mais detalhes sobre eventuais ações. O líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, também se manifestou, afirmando que os oficiais devem encontrar a melhor maneira de demonstrar o poder iraniano para Israel, advertindo que o ataque não deve ser subestimado, mas também não exagerado.

Em meio a essas tensões, fontes militares israelenses relatam que centenas de caças israelenses participaram de três ondas de ataques aéreos antes do amanhecer de sábado, atingindo fábricas de mísseis e outras instalações estratégicas perto de Teerã e no oeste do Irã.

Esse conflito se intensifica após uma série de retaliações mútuas entre os dois países, que vêm se engajando em um ciclo de ataques. O ataque israelense ocorreu logo após um bombardeio de mísseis iranianos em 1º de outubro, que, de acordo com Israel, teve a maioria de seus projéteis interceptados pelas defesas aéreas.

O Irã, aliado de grupos como Hezbollah e Hamas, continua a ser uma preocupação constante para Israel, especialmente em meio a intensos combates entre essas forças no Líbano e na Faixa de Gaza. A escalada das hostilidades entre as potências já levanta questões sobre um possível conflito mais amplo na região, que pode ter repercussões graves não apenas para os países envolvidos, mas para a estabilidade do Oriente Médio como um todo.