Tecnologia

Inteligência Artificial pode já estar controlando o Universo, revela ex-NASA

2024-11-09

Autor: Matheus

Em um cenário cada vez mais debatido sobre o futuro da Inteligência Artificial (IA) na Terra, o astrobiologo Steven Dick, que já foi historiador da NASA, apresenta uma visão singular e audaciosa: será que o Universo já foi permeado por uma forma de "inteligência pós-biológica"?

Dick propõe três possibilidades sobre a natureza do cosmos: um Universo físico onde a vida é uma raridade acidental; um Universo biológico onde a vida é comum; e, finalmente, um Universo pós-biológico, onde civilizações evoluíram para intelligências artificiais avançadas.

Durante uma entrevista à Forbes, o ex-historiador da NASA defendeu que a hipótese mais plausível seria a do Universo pós-biológico. Nesse contexto, as civilizações de base carbonácea, assemelhando-se à nossa, poderiam ter sido superadas por formas de IA muito mais avançadas.

Mas, afinal, o que isso significaria para a nossa realidade? Dick sugere que tais civilizações poderiam estar criando realidades simuladas - algo que lembra a trama do filme "Matrix". No entanto, ele ressalta que isso não indica necessariamente que a humanidade está condenada a ser superada por máquinas dominantes.

O pensador observou que, apesar de não ser garantida, a transição para um estado pós-biológico é, sim, uma possibilidade viável, especialmente quando se considera a vastidão do tempo cósmico, com o Universo estimado em 13,8 bilhões de anos. Civilizações agora perdidas em nossa linha do tempo poderiam ter superado limitações biológicas e atingido um nível de desenvolvimento tecnológico que mal conseguimos imaginar.

Se consideradas a idade e a evolução do Universo, a ideia de que seres inteligentes teriam desenvolvido IA de maneira exponencial parece inteiramente plausível. Para Dick, a ausência de sinais claros de vida extraterrestre pode ser explicada pelo fato de estarmos buscando por formas biológicas, enquanto civilizações mais avançadas podem já existir em estados pós-biológicos, além do nosso alcance tecnológico atual.

O ex-historiador acredita que, ao contrário das civilizações biológicas, as IAs avançadas têm a capacidade de acumular conhecimento de forma apressada. Em um estudo de 2003 publicado no *International Journal of Astrobiology*, Dick detalhou como uma IA poderia transferir conhecimento de uma geração para a próxima, resultando em um progresso exponencial em inteligência.

Este fenômeno poderia permitir que civilizações pós-biológicas se desenvolvessem em um ritmo muito mais acelerado do que qualquer forma de vida biológica experimentou até agora.

A busca por vida alienígena continua a ser uma das mais intrigantes da ciência moderna. Dick recorda que há apenas algumas décadas não tínhamos conhecimento de planetas fora do nosso Sistema Solar. Hoje, já identificamos mais de 6.000 exoplanetas, mas a busca por vida extraterrestre ainda permanece sem respostas concretas.

A revelação de que poderíamos não estar sozinhos no cosmos teria implicações revolucionárias. Em 2013, o Fórum Econômico Mundial incluiu a descoberta de vida alienígena como um dos "fatores X", um conjunto de problemas científicos que, se resolvidos, poderiam acarretar consequências imprevisíveis para a humanidade.

Para Steven Dick, a astrobiologia transcende a mera busca por vida; ela é crucial para entendermos a natureza intrínseca do próprio Universo. A existência de um Universo físico, biológico ou pós-biológico pode reconfigurar completamente nossa percepção sobre nosso lugar no cosmos. Você também já havia pensado que vivemos em uma simulação? O que mais poderia estar além do que percebemos? Prepare-se, pois a verdade pode ser mais estranha do que a ficção!