Nação

INSS: Estagiário e Servidor Envolvidos em Esquema de Hackers

2024-09-26

A Polícia Federal (PF) está investigando um esquema de fraude alarmante que remete ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com informações, um estagiário e um servidor do INSS colaboraram com um hacker altamente especializado para o roubo de dados sensíveis do governo brasileiro.

A investigação começou após denúncias anônimas sobre acessos ilícitos aos sistemas internos do INSS. A PF descobriu que o estagiário, em conluio com o servidor, forneceu credenciais que facilitaram a entrada do hacker, cujo nome ainda não foi divulgado. Este criminoso virtual é notório por sua expertise em invadir sistemas com alta proteção e segurança.

Os dados roubados incluem informações pessoais de milhões de brasileiros, um crime que representa uma violação grave da privacidade e segurança dos cidadãos. O hacker utilizou ferramentas sofisticadas e bem desenvolvidas para explorar vulnerabilidades nos sistemas do INSS, tendo o apoio interno crucial na execução de sua operação criminosa, permitindo que ele acessasse informações para posteriormente vender a terceiros.

Operação Mercado de Dados

Na manhã desta quinta-feira (26/09), a PF deflagrou a Operação Mercado de Dados, um movimento estratégico para combater esse crime. Os investigadores cumpriram 29 mandados de busca e 18 mandados de prisão preventiva em diversos estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Bahia.

O juiz da 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel (PR) decidiu também pelo sequestro de 24 imóveis pertencentes aos envolvidos no esquema criminoso. Além disso, um bloqueio de até R$ 34 milhões foi imposto nas contas bancárias dos suspeitos. Carros de luxo também foram apreendidos durante a operação, evidenciando a ostentação adquirida a partir de práticas ilícitas.

A investigação recebeu suporte do Ministério da Previdência, especificamente da Coordenação de Inteligência da Previdência Social, que considerou a situação crítica e de interesse público.

Os culpados podem enfrentar acusações severas, como organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, comercialização de dados sigilosos e lavagem de dinheiro. As penas podem acumular mais de 15 anos de prisão, contribuindo para uma discussão mais ampla sobre a segurança da informação no Brasil e a importância de fortalecer sistemas contra invasões digitais. Essa situação levanta um alerta sobre a segurança dos dados pessoais e a necessidade urgente de revisar protocolos de proteção em instituições públicas e privadas.