O IGP-M (Índice Nacional de Preços – Mercado), o termômetro que define o reajuste da maioria dos contratos de aluguel no Brasil, desacelerou em dezembro de 2024, apresentando uma variação de 0,94% em relação a novembro, de acordo com dados do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgados nesta sexta-feira (27). Com esse resultado, o índice acumula alta de 6,54% nos últimos 12 meses, o que promete impactar o bolso de muitos brasileiros.

Os contratos que têm vencimento em janeiro de 2025 certamente sofrerão os impactos desse reajuste. Para se ter uma ideia, em novembro, o IGP-M subiu 1,3%, continuando a tendência de altas, caracterizando um clima de preocupação para locatários.

Se compararmos com dezembro de 2023, o IGP-M teve uma alta de 0,74% no mês e registrou uma queda de 3,18% em 12 meses, o que demonstra uma clara mudança de panorama.

Os inquilinos devem estar atentos ao indicador de reajuste que consta no contrato de locação, especialmente após a pandemia, onde muitos contratos passaram a utilizar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) como indexador devido à sua maior estabilidade. Essa mudança pode representar uma proteção a longo prazo contra flutuações súbitas do IGP-M.

Vale ressaltar que o cálculo do IGP-M considera a variação dos preços de bens e serviços, bem como as matérias-primas utilizadas na agricultura, indústria e construção civil. Esse índice, por ser mais abrangente, muitas vezes reflete uma realidade econômica diferente daquela mostrada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens focada em famílias com renda limitada, de até 40 salários mínimos.

Diante dessas mudanças, inquilinos e proprietários devem se preparar adequadamente e revisar seus contratos para evitar surpresas em 2025. Com a atual instabilidade econômica, a atenção a essas atualizações pode fazer toda a diferença no planejamento financeiro.