Inédito! Los Angeles Times demite todo seu conselho editorial em polêmica decisiva
2024-11-14
Autor: Ana
O renomado jornal norte-americano Los Angeles Times tomou a drástica decisão de demitir todo o seu conselho editorial. Essa medida foi imposta pelo proprietário do veículo, Patrick Soon-Shiong, um mês após a publicação proibir qualquer declaração de apoio a candidatos na corrida presidencial dos Estados Unidos, onde o republicano Donald Trump saiu vencedor. Essa decisão tem gerado grande controvérsia e levantado debates sobre a integridade da liberdade de imprensa.
Soon-Shiong anunciou a intenção de recontratar um novo conselho editorial, afirmando que o objetivo é tornar o Times mais "justo" e "equilibrado" em sua cobertura. "Trabalharei para tornar o nosso jornal e a mídia justos e equilibrados para que todas as vozes sejam ouvidas e possamos trocar respeitosamente a visão de cada norte-americano, da esquerda, direita e centro", disse ele. Essa frase despertou tanto críticas quanto apoio, ressaltando a complexidade do cenário político atual.
Antes da demissão em massa, o jornal já enfrentava uma onda de saídas, incluindo a renúncia de Mariel Garza, então chefe do conselho editorial, que decidiu deixar o posto em 23 de outubro. Sua saída foi uma declaração de desagrado à decisão de Soon-Shiong, revelando que o conselho tinha a intenção de apoiar Kamala Harris, sendo essa tentativa barrada pelo dono.
Vale lembrar que o Los Angeles Times, um ícone da mídia democrática, tinha uma longa tradição de apoiar candidatos do Partido Democrata desde 2008, com o endorsement mais simbólico sendo para Barack Obama. O que fica no ar agora é: como essa mudança irá afetar a percepção e a confiança do público no jornal? Com as crescentes pressões para que veículos de comunicação sejam neutros, a pergunta que não pode ser ignorada é: até onde vai a liberdade de um editorial? A nova postura do Times pode representar um novo capítulo na luta por uma cobertura jornalística imparcial em meio a uma era altamente polarizada. O futuro do Los Angeles Times e sua reputação estão em jogo.