Saúde

Idoso em Estado Terminal Recebe Alta Médica: A Revolta da Família

2025-09-10

Autor: Julia

Desumana Realidade nas UPAs do DF

O aposentado José Silva Barros, de 80 anos, se encontra em estado terminal e requer cuidados paliativos. Para a surpresa angustiante de sua família, ele recebeu sua terceira alta médica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho II em menos de duas semanas. A família denuncia maus-tratos e condições inadequadas de tratamento.

Desligamento Insensível e o Clamor da Família

José Ricardo Vidigal Barros, filho de José, afirmou que, no último sábado, foi comunicado que a condição de saúde do pai era irreversível. Após uma última administração de antibióticos que não surtiu efeito, o médico decidiu liberar o idoso.

Contrariado, José Ricardo reclamou com a direção da UPA, que reconsiderou a decisão, admitindo o idoso por mais um dia, mas a alta médica continuou sendo dada.

Imagens Que Chocam

Imagens mostram o sofrimento de José, gemendo de dor sem a administração de morfina. A família alega que o médico se recusou a ministrar a medicação adequada para oferecer alívio ao idoso.

A Luta Contra as Dores do Padecer

José Silva enfrentou uma grave piora em sua saúde após contrair o vírus influenza, além de uma pneumonia severa, combinado com seu histórico de diabetes.

"Meu pai precisa de sonda gástrica e morfina intravenosa para aliviar a dor. É uma crueldade o que estão fazendo com ele. Como posso cuidar de alguém que está gritando de dor em casa?", questionou José Ricardo.

Condições Críticas e Má Cuidado

A situação de saúde do aposentado pode ter se agravado devido à forma como foi tratado nas UPAs. O filho acredita que a falta de um tratamento adequado contribuiu para a deterioração: "Ele piorou por não ter recebido o cuidado necessário. Após ser mandado para casa, seu estado só se agravou", desabafou.

Maus-Tratos Evidentes

Desde a internação, José Ricardo notou a falta de cuidado da equipe médica, que negligenciou os machucados em várias partes do corpo do pai, deixando marcas visíveis.

Desespero e Busca por Dignidade

Barrando a ideia de descartar pacientes em estado terminal, José Ricardo expressou que compreende que os médicos não podem reverter a situação, mas é essencial que seu pai receba cuidados dignos em seus últimos dias.

"Vamos buscar atendimento no Hospital de Apoio de Brasília. Se não conseguirmos, precisaremos recorrer à Justiça para garantir um tratamento adequado para meu pai", afirmou.

Resposta das Autoridades de Saúde

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) foi chamado para se manifestar. Em nota, alegaram que o paciente recebia atendimento adequado, negando as acusações de maus-tratos. Contudo, a família continua em luta por um tratamento que assegure dignidade ao idoso.