Human Rights Watch denuncia genocídio em Gaza: A crise da água em meio ao conflito
2024-12-19
Autor: Pedro
A Human Rights Watch (HRW), respeitada organização internacional de direitos humanos, fez uma grave acusação contra Israel, chamando suas ações em Gaza de "atos de genocídio". O novo relatório, divulgado nesta quinta-feira (19), revela que as restrições sistemáticas ao fornecimento de água têm causado a morte de milhares de palestinos.
Com 184 páginas de evidências, a HRW afirma que um número incontável de pessoas tem sofrido com desnutrição, desidratação e doenças resultantes das políticas israelenses, que têm cortado deliberadamente o acesso à água e eletricidade na região ao longo de mais de um ano de conflito.
"Esses atos, configurados como uma política de Estado, representam um ataque abrangente e sistemático contra uma população civil. Portanto, os oficiais israelenses estão cometendo crimes contra a humanidade", destacou a organização.
O relatório revela que, em diversas áreas da Gaza, os palestinos estão recebendo entre dois e nove litros de água por dia, muito aquém do mínimo recomendado de 15 litros para sobrevivência. Essa escassez extrema não apenas afeta a saúde da população, mas também propaga doenças como cólera e leptospirose, aumentando a taxa de mortalidade entre os civis.
Além disso, a situação é agravada pela falta de acesso a serviços médicos essenciais, devido ao bloqueio imposto. Instituições de saúde estão sendo inundadas com pacientes que sofrem de doenças relacionadas à água, enquanto os hospitais enfrentam escassez de suprimentos básicos. Famílias inteiras estão em risco de desidratação severa e surtos de doenças infecciosas.
A HRW se junta a uma lista crescente de organizações e críticos globais que condenam as ações israelenses na faixa de Gaza. Em resposta, Israel nega rigorosamente as acusações, sustentando que suas operações são direcionadas ao Hamas e não à população civil. No entanto, o crescente número de vítimas civis e a escassez de água levantam sérias questões sobre os limites da guerra e o respeito pelos direitos humanos. A comunidade internacional observa atentamente o desenrolar dessa crise, enquanto os apelos por ajuda humanitária aumentam em tom e urgência.