Nação

Homem é linchado após ser acusado de manter companheira em cárcere privado e agredi-la por três dias

2024-11-13

Autor: Matheus

Um caso chocante de violência doméstica foi registrado em Sete Lagoas, Minas Gerais, onde um homem identificado como Emerson Sant'ana Félix foi linchado após ser acusado de manter sua companheira em cárcere privado e agredi-la fisicamente por um período de três dias.

A situação se agravou quando a Polícia Militar (PM) foi chamada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para socorrer Emerson, que foi encontrado inconsciente e com ferimentos na cabeça. Ele foi imediatamente levado para o Hospital Municipal Monsenhor Flávio D'Amato, mas não resistiu aos ferimentos.

A companheira dele, uma mulher de 27 anos, relatou à polícia que estava sofrendo violência domestica há seis anos, tempo em que durava o relacionamento. Ela revelou que as agressões começaram na sexta-feira (8) e se intensificaram até domingo (10). Em um relato angustiante, a mulher disse que foi estuprada e mantida em casa, tendo sido proibida de sair enquanto apresentava hematomas visíveis.

De acordo com a vítima, Emerson a ameaçava constantemente, utilizando os filhos dela de um relacionamento anterior como forma de controle emocional, o que a impediu de buscar ajuda por medo de represálias.

Os vizinhos, ao ouvirem os gritos da mulher, decidiram agir. Um grupo de aproximadamente oito pessoas, encapuzadas e armadas, invadiu a residência do casal. Eles espancaram Emerson brutalmente e ainda mandaram a mulher fugir pela janela para sua segurança. Infelizmente, a situação culminou em tragédia, com Emerson vindo a falecer devido à gravidade das lesões.

O caso traz à tona a questão da violência doméstica que afeta muitas mulheres no Brasil. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022 foram registrados mais de 1,6 milhão de casos de violência contra a mulher, mostrando a urgência de se discutir e implementar medidas efetivas de proteção e punição para agressores.

É fundamental que as vítimas de violência doméstica saibam que existem recursos disponíveis, como centros de atendimento e linhas de apoio. Não podemos permitir que casos como este se repitam. O grito por justiça deve ecoar nas ruas e nas casas de todo o Brasil.