Ciência

'Homem do Poço': Esqueleto encontrado pode comprovar a história dos Vikings!

2024-11-01

Autor: João

Imagine a cena: você abre um antigo livro de sagas nórdicas e descobre que uma história bizarra sobre um corpo jogado em um poço realmente se passou. Essa é a incrível descoberta feita por um grupo de cientistas que conseguiu provar a existência do "Homem do Poço", mencionado em uma passagem do século 12 e encontrado no Castelo de Sverresborg, na Noruega. Com um toque de cinema medieval, a genética e a arqueologia se juntaram para revelar verdades surpreendentes.

Os ossos do "Homem do Poço" foram encontrados em 1938, mas foram apenas as tecnologias modernas que possibilitaram uma análise aprofundada do esqueleto. Utilizando ferramentas genômicas avançadas, a equipe, comandada pelo geneticista Martin Ellegaard, conseguiu desvendar detalhes sobre a aparência, o local de origem e até mesmo a dieta do homem. Evidências sugerem que ele foi uma das vítimas da invasão ao castelo em 1197, como narrado na famosa saga de Sverre.

A saga de Sverre narra as aventuras do rei Sverre Sigurdsson, quereinou a Noruega entre 1184 e 1202. Nela, está registrado que invasores jogaram um corpo em um poço para envenenar a água do castelo, uma tática drástica para evitar que alguém bebesse dali. Agora, essa narrativa mítica ganhou novas dimensões de realidade.

"É a primeira vez que encontramos alguém mencionado em textos antigos", afirmou um entusiasmado Ellegaard. Através de exames de DNA e datação por carbono, os pesquisadores descobriram que o Homem do Poço tinha entre 30 e 40 anos quando faleceu, com a data da morte coincidindo com o ataque descrito na saga.

Além disso, a análise genética revelou que ele tinha cabelos loiros e olhos azuis, além de possivelmente ser originário do sul da Noruega, com base na comparação com dados de noruegueses modernos. À medida que mais genomas são analisados, mais páginas perdidas da história podem ser desenterradas!

A dieta do Homem do Poço também foi estudada. Através da análise de isótopos, os pesquisadores descobriram que ele se alimentava principalmente de frutos do mar, indicando que vivia próximo ao litoral. Essas informações ajudam a construir um perfil único da figura histórica, que agora é uma das poucas descrições ricas da época viking.

No entanto, há muitas questões ainda sem resposta. A arqueóloga Anna Petersén, do Instituto Norueguês de Pesquisa do Patrimônio Cultural, alertou: "A realidade é mais complexa do que a saga descreve". Isso sugere que, embora ele tenha sido jogado no poço, sua morte pode não ter acontecido daquela maneira ou ele pode ter uma história surpreendente nas cronologias históricas.

O caso do "Homem do Poço" demonstra a potencialidade da união entre ciência e história na busca pelos mistérios do passado. Com as novas tecnologias, mitos que antes pareciam apenas narrativas podem receber o carimbo de realidade. O esqueleto que antes era uma lenda agora faz parte da história viva e revela que, em cada osso, há uma história por trás!