Saúde

Hipertensão emocional: descubra como o estresse desregula sua pressão, os riscos e como lidar com isso

2025-04-04

Autor: Pedro

Você já percebeu seu coração acelerando e a pressão subindo em momentos de nervosismo ou ansiedade? Essa reação, chamada de hipertensão emocional ou hipertensão do estresse, é uma condição real e, surpreendentemente, pode ser mais comum do que se imagina, especialmente em um mundo tão acelerado e repleto de tensões.

Ao contrário da hipertensão tradicional, que geralmente tem uma base genética, a hipertensão emocional aparece em resposta a situações específicas de estresse. Enquanto pode ser temporária, existe o risco de se tornar um problema crônico se não for tratado.

O cardiologista Marcelo Sampaio, especialista em saúde cardiovascular, alerta que a hipertensão emocional apresenta riscos significativos, especialmente para indivíduos mais ansiosos ou sensíveis, que têm maior probabilidade de sofrer um infarto ou um derrame. Além disso, pessoas com quadros de depressão prolongada podem liberar hormônios do estresse durante períodos extensos, aumentando o risco de desenvolver uma hipertensão crônica, que pode prejudicar órgãos vitais como rins, coração e cérebro.

O cardiologista explica que a elevação da pressão durante situações estressantes é parte de um mecanismo complexo do organismo. Quando enfrentamos estresse, nosso corpo libera substâncias como cortisol, norepinefrina e adrenalina, que aceleram os batimentos cardíacos e provocam a constrição dos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial. Essa resposta é frequentemente exagerada em pessoas mais suscetíveis, o que pode resultá-los em níveis perigosamente elevados de pressão.

Um exemplo comum da hipertensão emocional é a "síndrome do jaleco branco", que ocorre quando a pressão do paciente aumenta ao ser examinado por um médico devido à ansiedade associada a essa situação.

Como controlar a hipertensão emocional?

Para gerenciar a hipertensão emocional, o Dr. Sampaio enfatiza a importância de cuidar do bem-estar em várias dimensões. Isso inclui:

- Práticas regulares de atividades físicas

- Manter um peso saudável

- Seguir uma dieta equilibrada, controlando a ingestão de sal

- Moderação no consumo de álcool

- Evitar o tabagismo

O bem-estar emocional é igualmente crucial. Isso pode ser alcançado através de terapias, medicação quando necessário, e técnicas de relaxamento como a meditação, que é comprovadamente eficaz na redução da pressão arterial.

Tratamento da hipertensão emocional

Inicialmente, o tratamento da hipertensão emocional pode não requerer o uso contínuo de medicamentos tradicionais. A prioridade é identificar e eliminar a fonte de estresse e equipar o paciente com estratégias de autocuidado, além de, se necessário, tratar a ansiedade.

"Primeiro, é importante afastar a fonte do estresse ou da ansiedade. Em segundo lugar, fortificamos o paciente com meditação e terapias e, em alguns casos, medicação. E, finalmente, gerenciamos os fatores de risco, como a redução do sal, a prática de atividades físicas regulares, controle do peso, proibição de fumar e moderação no álcool", explica o cardiologista.

A avaliação médica é essencial para determinar se a elevação da pressão arterial é puramente emocional ou se há outros fatores envolvidos.

Para monitorar a pressão arterial adequadamente, especialmente em casos suspeitos de hipertensão emocional, a medição domiciliar da pressão pode ser uma ferramenta valiosa. Realizando essa medição de maneira correta, seguindo orientações médicas e utilizando aparelhos validados, é possível ter uma visão mais abrangente do comportamento da pressão ao longo do tempo.

Além disso, estudos recentes evidenciam que emoções positivas têm um papel fundamental no combate à hipertensão, destacando a importância de cultivar um estado emocional saudável. Não subestime o impacto que o estresse pode ter sobre sua saúde e comece hoje mesmo a adotar práticas que promovam o equilíbrio emocional!