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Hidrelétricas perderão posição em 2034: O que isso significa para sua conta de luz?

2024-11-08

Autor: Lucas

De acordo com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), as hidrelétricas, que atualmente respondem por 55,8% da geração de energia no Brasil, perderão a liderança em 2034, com sua participação caindo para 46,7%. Essa mudança impacta diretamente o setor energético do país e traz à tona perguntas relevantes sobre o futuro da nossa matriz energética.

A tendência é que essa queda na participação das hidrelétricas seja compensada pelo crescimento de fontes renováveis, como a energia eólica e solar. A energia eólica, por exemplo, deve saltar de 15% para 17,2% na matriz elétrica. A energia solar, embora ainda em seu estágio inicial, deve aumentar sua participação de 3,4% para 5,8%. Especialistas afirmam que a diversificação das fontes é essencial para garantir um fornecimento mais estável e menos dependente das hidrelétricas, que historicamente já enfrentam desafios como a variabilidade do nível dos rios.

Um dado surpreendente é o crescimento exponencial da geração via gás natural, que quadruplicará sua capacidade nos próximos dez anos. As usinas térmicas não renováveis também devem ampliar sua participação no sistema elétrico, passando de 2,9% para 6,4%, enquanto a energia nuclear deve aumentar de 1,8% para 2,4%. Apesar desse aumento no uso de gás, a EPE garante que, mesmo assim, 86,1% da matriz elétrica continuará sendo composta por fontes renováveis.

A projeção é de que, até 2034, a geração de energia no Brasil crescerá à taxa média de 3,3% ao ano, atingindo uma oferta estimada de 1.045,3 TWh (terawatts-hora). Contudo, o consumo per capita ainda ficará abaixo da média global e da observada em países desenvolvidos como os Estados Unidos, o que levanta questões sobre a necessidade de investimentos adicionais no setor.

O plano de expansão de energia coloca o Brasil em uma posição vulnerável frente a um crescimento populacional que demanda cada vez mais energia. A expectativa é que, até 2034, os investimentos no setor energético cheguem à impressionante cifra de R$ 3,2 trilhões, com destaque para R$ 2,5 trilhões destinados a petróleo e gás, R$ 597 bilhões em energia elétrica e R$ 102 bilhões em biocombustíveis líquidos.

Recentes movimentos do governo podem incentivar novos investimentos em hidrelétricas. Uma proposta em discussão é a criação de um indicador que avaliará a flexibilidade do sistema para atender à demanda emergencial por energia, podendo resultar em novos leilões para atender essa necessidade. Essa flexibilidade é uma das características que as hidrelétricas oferecem, permitindo um aumento rápido na capacidade de geração em momentos de maior demanda.

Diante desse cenário, é crucial que consumidores e investidores fiquem atentos às mudanças na matriz energética brasileira. Como essas transformações afetarão sua conta de luz e a segurança do fornecimento de energia no futuro? Fique ligado!