A família de Michael Schumacher está em alerta máximo após o roubo de um HD por parte de um ex-funcionário, que ameaça expor informações privadas sobre a saúde do lendário piloto. O ex-guarda-costas Markus Fritsche, junto com seus cúmplices, está enfrentando um julgamento na Alemanha pelo crime de chantagem, exigindo 15 milhões de euros (aproximadamente R$ 95 milhões) sob a ameaça de divulgar dados confidenciais sobre o estado de saúde do heptacampeão de Fórmula 1.

O clã Schumacher tem mantido total sigilo sobre as condições de saúde de Michael desde seu grave acidente de esqui em 2013, quando sofreu danos cerebrais significativos. Esse controle rigoroso veio à tona após a descoberta de que o ex-segurança, ao perceber que seria demitido, roubou mais de 1.500 arquivos, incluindo documentos médicos, fotos e vídeos.

As autoridades conseguiram recuperar quatro pen drives e um HD na casa de Yilmaz Tozturkan, amigo de Fritsche, mas ainda há um disco rígido desaparecido, o que intensifica a apreensão da família. Os Schumacher não só estão preocupados com possíveis exposições na mídia, mas também com as repercussões emocionais que isso pode gerar para Michael e seus entes queridos.

Corinna Schumacher, esposa do ex-piloto, tem atuado ativamente para evitar que informações sobre a saúde dele sejam divulgadas, solicitando que certas partes do processo sejam mantidas em sigilo. O tribunal de Wuppertal deve decidir se os depoimentos sobre a saúde de Schumacher ocorrerão a portas fechadas, protegendo assim a privacidade da família e respeitando a delicada situação de Michael.

A estratégia de chantagem foi elaborada em conjunto com o especialista em TI, Daniel Lins, filho de Tozturkan, que também colaborou para reunir as informações confidenciais. O trio foi preso pela polícia em julho, após Tozturkan ameaçar a família e, conforme relatórios, chegou a enviar provas da posse dos dados confidenciais.

Perante a gravidade da situação, a promotoria de Wuppertal já finalizou suas investigações e apresentou denúncias, podendo os réus enfrentar penas de até quatro anos de prisão se condenados. A situação atual destaca não apenas o lado sombrio da exploração de informações pessoais, mas também o desejo da família Schumacher de preservar o que resta da vida privada do ícone do automobilismo.

Enquanto o processo judicial se desenrola, a família se mantém firme em sua decisão de proteger Michael e seus interesses. Corinna tem sido uma verdadeira guerreira, vendendo propriedades e bens para custear o tratamento que ultrapassa R$ 38 milhões anuais, numa tentativa de garantir que seu marido receba o melhor cuidado possível, longe dos holofotes e especulações indesejadas.