Com o retorno de Donald Trump à Casa Branca e a possibilidade de uma reviravolta na política externa dos Estados Unidos, o movimento Hamas, que controla a Faixa de Gaza e mantém um conflito contínuo com Israel, expressou suas expectativas em relação ao novo governo.

Em entrevista ao Metrópoles, Bassem Naeem, porta-voz do Hamas, comentou sobre a vitória de Trump contra Kamala Harris, ressaltando que esse resultado é uma questão interna dos EUA. Contudo, ele fez um apelo à nova administração, exigindo uma "cessação imediata das agressões" contra o povo palestino.

"A eleição de Trump como 47º presidente dos EUA diz respeito aos americanos, mas os palestinos esperam que a violência contra nosso povo, especialmente em Gaza, acabe de uma vez por todas. Buscamos apoio para que possamos conquistar nossos direitos legítimos à liberdade, independência e para o estabelecimento de um estado soberano com Jerusalém como nossa capital", afirmou Naeem. Ele ainda criticou o que considera apoio incondicional dos EUA à Israel, classificado como um governo fascista, alertando que isso compromete o futuro dos palestinos e a estabilidade da região.

Além disso, o Hamas já havia emitido um comunicado anterior (na semana passada) detalhando suas exigências ao novo presidente. Entre os pedidos estavam o fim da postura negativa dos EUA em relação à causa palestina e a interrupção do apoio às ocupações israelenses nos territórios palestinos, reivindicando um compromisso genuíno com a paz na região.

Essas declarações indicam a expectativa do Hamas de que a mudança na liderança americana possa alterar a dinâmica do conflito entre Israel e Palestina, que perdura por décadas. O grupo parece esperançoso de que a nova administração ofereça uma mudança significativa em sua abordagem, embora isso dependa de como Trump e sua equipe decidam moldar sua política externa em relação ao Oriente Médio.