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Hamas Se Oferece para Trégua e Pede que Trump 'Pressione' Israel

2024-11-15

Autor: Fernanda

A Relação de Trump com Israel

Recentemente, o Hamas declarou estar aberto a uma trégua, intensificando a pressão sobre os Estados Unidos para que o ex-presidente Donald Trump intervenha em favor da causa palestina. A ideia é que a administração de Trump, que sempre mostrou grande proximidade com o governo israelense, possa exercer sua influência para encontrar uma solução pacífica.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, já havia demonstrado apoio à reeleição de Trump, chamando-a de "o maior retorno da história". Desde a vitória do republicano nas eleições de novembro, ministros da coalizão de extrema direita, como Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir, também manifestaram seu entusiasmo nas redes sociais, reforçando o estreito laço entre a direita israelense e o ex-presidente americano.

Conforme informado pelo gabinete de Netanyahu, logo após a eleição, o primeiro-ministro foi "um dos primeiros a telefonar" para Trump. A conversa teria sido cordial, e ambos discutiram questões de segurança em Israel, além da ameaça proveniente do Irã. Essa comunicação prematura foi vista como um sinal da aliança contínua entre os dois líderes.

As políticas adotadas por Trump durante seu primeiro mandato foram amplamente favoráveis a Israel. A mudança mais significativa foi, sem dúvida, o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel em 2017 e a transferência da embaixada americana de Tel Aviv, um ato que desestabilizou décadas de diplomacia internacional sobre a questão. Trump também declarou a soberania israelense sobre as Colinas de Golã, uma medida que gerou críticas e aumentou as tensões na região.

Apesar do histórico de apoio, analistas ressaltam que Netanyahu possui uma relação complexa com Trump. Alon Pinkas, ex-diplomata israelense em Nova York, aponta que o primeiro-ministro teme que Trump, que tem um estilo de liderança assertivo, possa tentar manipulá-lo. Essa avaliação surge em um contexto em que muitos acreditam que, ao contrário de Biden, Trump não hesitará em pressionar se julgar necessário.

Entretanto, a situação no Oriente Médio continua crítica e exigindo atenção. A falta de um plano claro de Trump para a região levanta dúvidas sobre sua capacidade de realmente trazer paz entre israelenses e palestinos. O ex-presidente apenas afirmou que eliminaria as guerras em Gaza e no Líbano, sem detalhar as estratégias que utilizaria.

Críticos argumentam que Netanyahu pode estar adiando ações significativas, esperando que o governo de Trump saia favoravelmente ao seu lado. Mesmo com o apoio militar e político que o governo Biden proporcionou a Israel durante as hostilidades, muitos observadores acreditam que Netanyahu vê Trump como uma esperança para evitar pressões sobre a questão palestina e manter sua agenda inalterada.