O clima esquentou na Câmara dos Deputados, e quem não ficou de fora foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em uma coletiva na quinta-feira, 12 de junho de 2025, ele disparou: 'xingar e sair correndo é coisa de moleque de rua'. Essa declaração ocorreu logo após deixar uma audiência pública antes do previsto, em meio a um tumulto envolvendo deputados da oposição.

Durante a audiência, Haddad criticou os congressistas, especialmente Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ), afirmando que eles estavam ‘fazendo molecagem’ ao se ausentarem da sessão para gravar vídeos para as redes sociais, em vez de se concentrarem no debate.

"Estou sempre aberto ao debate", garantiu o ministro na coletiva. "O que não dá para aceitar é essa atitude de xingar e sair correndo. Isso é coisa de moleque de rua. Estou aqui, 100% disponível, pronto para discutir com presidentes, líderes e bancadas a qualquer hora."

Vale lembrar que a provocação por parte de Haddad não foi unilateral. Ele mesmo havia chamado os deputados de 'moleques' anteriormente. E, ao contrário do que sugeriu, não sofreu ofensas. Os deputados estavam apenas defendendo o governo Bolsonaro e apresentando números sobre a economia.

A audiência pública terminou antecipadamente devido aos embates entre Haddad, Nikolas e Jordy. O deputado Rogério Correia (PT-MG), que presidia a sessão, usou o termo 'baderneiros' para se referir aos congressistas, o que gerou mais tensão e levou à suspensão do debate.

Os dois deputados não ficaram calados: ao ouvirem 'molecagem', voltaram à sessão. Jordy se defendeu, alegando que saiu para participar de outras comissões e, ao pedir o direito de resposta, disparou: 'Moleque é você'.

As críticas não pararam por aí. Nikolas Ferreira questionou Haddad sobre o déficit primário durante o governo Lula e a alta no preço dos alimentos, chegando a chamá-lo de 'incompetente'. Jordy entrou na dança e ironizou a afirmação de Haddad sobre o crescimento da economia durante sua gestão, lembrando que esse 'crescimento' vinha junto com o aumento dos preços e da inflação.

Os congressistas ainda trouxeram à tona que o déficit primário no governo Lula foi superior ao observado durante a pandemia de COVID-19, o que evidencia um cenário preocupante de gastos públicos.