Haddad Confirma que Inflação Ficam Abaixo da Meta em 2024 e Cita Fatores de Alta
2024-10-24
Autor: Ana
Inflação dentro da meta para 2023
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (24) que a inflação do Brasil deve encerrar 2023 dentro da meta estipulada pelo governo, que é de 3% ao ano, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A declaração ocorre após o último dado do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) mostrar uma aceleração na inflação, que subiu de 0,13% em setembro para 0,54% em outubro.
Fatores temporários de alta
O acumulado dos últimos 12 meses também apresentou alta, chegando a 4,47%, superando a variação de 4,12% registrada até setembro. Segundo Haddad, a recente alta nos preços está atrelada a fatores temporários, como a seca severa e a desvalorização do real, e não a pressões inflacionárias mais persistentes.
Expectativas para a inflação
"Embora os núcleos da inflação tenham trazido números acima do esperado, ainda assim, considero que a inflação deve permanecer dentro da meta. Essa alta é mais influenciada pela questão do câmbio e pela seca do que por um impulso maior nos preços num sentido mais amplo", disse Haddad, durante uma entrevista a jornalistas em Washington.
Alta na energia elétrica
Entre os destaques da inflação, a energia elétrica teve uma forte alta, passando de 0,84% em setembro para 5,29% em outubro, contribuindo com 0,21 ponto percentual ao IPCA-15. Essa elevação reflete a adoção da bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora consumidos, em resposta à crise hídrica que o Brasil enfrenta.
Defesa do marco fiscal
O ministro Haddad também defendeu a manutenção do marco fiscal e a continuidade das políticas atuais, acreditando que a estrutura fiscal não precisa de reformas, mas sim de credibilidade e respeito ao planejamento a médio e longo prazo.
Iniciativas fiscais do governo
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, acrescentou que o governo Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar nos próximos dias medidas fiscais que podem amenizar a preocupação do mercado com as contas públicas, destacando que iniciativas de controle de gastos públicos começarão a ser apresentadas a partir de novembro.
Relação entre política fiscal e monetária
A relação entre a política fiscal e monetária tem sido cada vez mais ressaltada, com Campos Neto argumentando que um choque fiscal positivo é crucial para que o Brasil consiga reduzir os juros no futuro. Além disso, Haddad teve uma reunião recente com a agência de classificação de risco S&P, que já havia elevado a nota de crédito do Brasil no final do ano anterior, reafirmando a confiança no crescimento econômico mesmo em meio a desafios estruturais.
Expectativa de estabilidade econômica
Com o cenário econômico sendo monitorado de perto, a expectativa é que o governo tome decisões estratégicas para garantir a estabilidade e crescimento sustentável do Brasil no próximo ano, mantendo um olho nas variáveis externas e nas pressões internas que podem impactar a economia.