Greve Impacta Produção da Boeing e Ryanair Enfrenta Atrasos: O Que Está por Vir?
2024-09-24
Autor: Julia
Impactos da Greve na Produção da Boeing
A Boeing, fornecedora vital de aeronaves, anunciou à Ryanair — uma das suas principais clientes — que a produção deverá sofrer um impacto significativo, resultando em atrasos de duas a três semanas após o fim da atual greve. A informação foi divulgada pelo CEO da Ryanair, Michael O'Leary, em entrevista nesta terça-feira.
Funcionários Iniciam Licenças Compulsórias
A situação se agrava com milhares de funcionários da Boeing, nos Estados Unidos, que iniciaram licenças compulsórias na última sexta-feira. A greve, que envolve mais de 32 mil trabalhadores, interrompeu a produção do modelo 737 MAX, assim como de outras aeronaves da fabricante.
Previsões de Atrasos e Complicações
O'Leary frisou que a Boeing alertou que as entregas de aeronaves serão prejudicadas pelo tempo que a greve durar, acrescido de um adicional de duas a três semanas. Ele comentou também que as previsões indicam que a greve poderá se estender entre duas a quatro semanas, levando a Ryanair a se preparar para possíveis complicações.
Colaboração Necessária Após a Greve
Apesar dos desafios, a Boeing garantiu que, caso a greve termine dentro de três a quatro semanas, o prazo de entrega de 30 jatos 737 MAX, previsto para junho, não será comprometido. "Porém, ainda temos reservas sobre essa afirmação e nossa única opção será colaborar com a Boeing assim que a greve acabar para incrementar a produção e minimizar os atrasos", destacou O'Leary.
Consequências de Atrasos Acumulados
No início desta semana, O'Leary já havia advertido que a combinação de atrasos acumulados e uma greve prolongada poderia resultar em uma entrega muito aquém do esperado, reduzindo o número de aeronaves recebidas para apenas 20 até meados do ano. Quando questionado sobre esse ponto, O'Leary reafirmou que a Ryanair continua acreditando na entrega de todos os 30 aviões.
Reflexos no Setor Aéreo
A gravidade da situação é um reflexo do setor aéreo, que já enfrenta desafios significativos devido a problemas de cadeia de suprimentos e à recuperação lenta pós-pandemia. Como a Boeing e a Ryanair lidaram com a crise no passado? E quais serão as consequências a longo prazo para as operações aéreas na Europa? Estas são perguntas que continuam sem respostas, à medida que a situação se desenrola.