A novela envolvendo o lateral Lucas Esteves continua a agitar os bastidores do futebol. Na terça-feira (28), novos desdobramentos são esperados após o Grêmio realizar o depósito da multa rescisória estipulada em contrato. No entanto, o Vitória, clube detentor dos direitos do atleta, devolveu a quantia e alegou a existência de uma cláusula que garante a renovação automática do contrato do jogador, caso um terceiro clube quisesse pagar a rescisão.

A questão agora será resolvida nos tribunais, com o atleta se preparando para entrar na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) para buscar a sua liberação do Vitória. O Grêmio está avaliando a possibilidade de se juntar a esta ação judicial, e um desfecho pode ser esperado em breve.

O Grêmio defende que a cláusula de renovação automática do Vitória não é válida, e juristas consultados corroboraram essa posição. Em conversas entre os clubes, o Vitória parecia ciente da situação ao enviar ao Grêmio tanto o valor da multa quanto os dados bancários para o pagamento, reconhecendo que o contrato de Lucas se encerraria imediatamente após o depósito.

Em uma declaração à imprensa, o presidente do Vitória, Fábio Mota, confirmou que o clube pagará os US$ 100 mil devidos ao jogador, afirmando: "O Grêmio tinha conhecimento das cláusulas, informamos previamente sobre elas". Mota também confirmou que pretende acionar o Grêmio no CNRD.

O contrato que gerou essa polêmica prevê que, se o atleta decidir se transferir, o Vitória tem o direito de recusar a transferência ao pagar uma indenização ao jogador. Isso tem gerado discussões acaloradas entre os clubes e, dependendo das decisões judiciais, pode impactar muito a carreira de Lucas Esteves e a estratégia de mercado do Grêmio.

Enquanto a situação se desenrola, torcedores e especialistas no futebol brasileiro assistem atentamente, ansiosos por esclarecimentos sobre quem realmente detém os direitos sobre o jogador e quais consequências isso pode trazer para o futuro de ambos os clubes.