O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) deu um passo decisivo no combate ao crime organizado em Porto Velho, autorizando o envio da Força Nacional. A portaria nº 853/2025 foi divulgada nesta terça-feira (14) e promete um impacto significativo na segurança pública da capital de Rondônia.

O efetivo da Força Nacional estará em atuação durante um período de 90 dias, em suporte às forças de segurança estaduais. A solicitação para o envio das tropas foi feita pelo Governo de Rondônia e vem em resposta a uma escalada alarmante de violência, caracterizada por ataques a policiais e ao transporte público.

Recentemente, uma operação chamada "Aliança pela Vida, Moradia Segura II" foi iniciada em um dos principais focos de criminalidade, o conjunto habitacional Orgulho do Madeira. Durante essa megaoperação realizada na segunda-feira (13), a Polícia Militar (PM) efetuou quatro prisões e confirmaram a morte de um indivíduo que tentou resistir à abordagem policial.

Essa operação tinha como objetivo desarticular atividades ilícitas e abordar indivíduos suspeitos. A PM, com suporte de outras instituições de segurança, se dedicou a controlar regiões identificadas como rotas de fuga de criminosos, tentando interromper essa onda de violência que tem dominado a área.

Vale ressaltar que a situação em Porto Velho se agravou nas últimas semanas devido a um conflito declarado entre facções criminosas, especialmente o Comando Vermelho, e as forças policiais. A tensão aumentou após a morte do cabo da PM, Fábio Martins, que foi brutalmente assassinado dentro do residencial onde residia, o que é interpretado como um ato de retaliação às operações policiais na localidade.

Com a escalada de violência, a situação do transporte público se tornou insustentável. Vários ônibus foram incendiados, incluindo um que prestava serviço ao Orgulho do Madeira, deixando a capital sem opções de transporte coletivo em várias áreas.

A presença da Força Nacional busca restaurar a ordem e a sensação de segurança aos moradores de Porto Velho, que atualmente convivem com o medo e a incerteza. A comunidade, que abriga cerca de 15 mil pessoas no Orgulho do Madeira, espera que estas medidas tragam melhorias significativas na segurança pública e qualidade de vida.

Com o avanço do crime organizado, as autoridades enfrentam um desafio monumental, mas o compromisso do governo federal em investir nas operações de segurança pode mudar o rumo dessa guerra contra o tráfico e a violência, promovendo paz e segurança para todos.