O clima de tensão política em São Paulo ganhou novos contornos após declarações do secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Mário Luiz Sarrubbo. Segundo ele, os serviços de inteligência do governo federal não detectaram qualquer informação sobre uma possível orientação do PCC (Primeiro Comando da Capital) para que os eleitores votassem em Guilherme Boulos, candidato do PSOL, nas eleições municipais.

Essas declarações surgiram após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, insinuar que haveria uma articulação criminosa promovida pela facção em apoio ao psolista, uma acusação que incendiou o debate político. A campanha de Boulos não tardou em desmentir as alegações e anunciou a intenção de processar o governador por difamação.

Sarrubbo destacou que as análises de inteligência realizadas não revelaram qualquer indício de orientação por parte de facções criminosas em relação ao voto nas eleições, tanto em São Paulo quanto em outras capitais do país. Ele reforçou que "a inteligência do governo federal não indicou nenhuma orientação de facções criminosas para votação em candidatos nas capitais nesse segundo turno."

Esse episódio levanta questionamentos sobre a segurança das eleições e sobre o impacto que tais declarações podem ter no voto popular, além de abrir um leque de discussões sobre a relação entre política e crime organizado no Brasil. À medida que as eleições se aproximam, a situação se torna ainda mais tensa e os ânimos se acirram, deixando claro que a política brasileira está longe de ser um campo pacífico.