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Governo enfrenta um rombo de R$ 66,8 bilhões até novembro de 2024

2025-01-15

Autor: Lucas

O cenário econômico do Brasil em 2024 está apresentando números alarmantes. Até novembro, o governo federal registrou um déficit primário de R$ 66,8 bilhões, uma redução significativa em comparação aos R$ 112,5 bilhões negativos do mesmo período em 2023, resultando em uma queda expressiva de 40,6%.

Somente no mês de novembro, o déficit foi de R$ 4,5 bilhões, marcando uma impressionante diminuição de 88,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional na última quarta-feira (15.jan.2025).

Mas o que é esse resultado primário? Em essência, ele representa a diferença entre receitas e despesas do governo, excluindo os juros sobre a dívida pública. Portanto, quando esse número é negativo, como neste caso, é um sinal alarmante da necessidade de ajustes em políticas fiscais.

Os impactos do déficit são sentidos por toda a economia, levando a uma menor capacidade de investimento e a uma possível necessidade de aumentar a carga tributária no futuro. O resultado até novembro representa 0,6% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, o que pode implicar em consequências para o crescimento econômico em 2025.

Receitas em alta

Apesar do rombo, a receita primária totalizou R$ 214,7 bilhões em novembro, o que representa um crescimento real de 13,8% em relação ao mesmo mês de 2023, quando arrecadou R$ 188,7 bilhões. Os aumentos mais significativos vieram de impostos como:

- Imposto de Importação: R$ 7,8 bilhões (aumento de 67,7%);

- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): R$ 7,7 bilhões (aumento de 47,5%);

- Cofins: R$ 32,7 bilhões (crescimento de 29,5%);

- Dividendos e participações: R$ 7,8 bilhões (crescimento de 125,8%).

No total acumulado do ano até novembro, a arrecadação foi de R$ 2,39 trilhões, um aumento de 8,1% em relação ao ano passado.

Despesas sob controle?

Enquanto isso, as despesas primárias do governo foram de R$ 172,3 bilhões em novembro, apresentando uma diminuição de 6,3% em relação ao ano anterior. No entanto, alguns gastos mostraram um aumento alarmante, como:

- Benefícios Previdenciários: R$ 73,1 bilhões (alta de 2,3%);

- BPC (Benefício de Prestação Continuada): R$ 9,7 bilhões (crescimento de 13,9%);

- Créditos extraordinários: R$ 1,9 bilhão (um aumento impressionante de 314,3%).

Ainda estamos longe de um equilíbrio nas contas públicas, e o governo precisa encontrar formas de ajustar suas finanças, diversificando as fontes de receita e controlando despesas, para evitar novos déficits alarmantes no futuro. A situação fiscal do Brasil continua sendo um tema crítico e deve ser acompanhada de perto por todos.