Na última quarta-feira (25), o Google decidiu retirar a exibição da cotação do dólar em sua ferramenta de busca após a terceira imprecisão consecutiva. No mesmo dia, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou uma solicitação ao Banco Central (BC) para que este interceda junto ao Google sobre os erros repetidos.

No dia anterior, a plataforma mostrava o preço do dólar a R$ 6,36. No entanto, devido ao feriado de Natal, o mercado de câmbio estava paralisado e a cotação correta, antes do feriado, era de R$ 6,18, conforme o fechamento do dia 23.

Esse erro não foi um caso isolado. Em novembro, o Google já havia cometido uma imprecisão ao exibir o valor do dólar a R$ 6,19, quando o verdadeiro valor estava em torno de R$ 5,67. Outro erro ocorreu em 17 de novembro, quando a cotação era apresentada a R$ 6,15, enquanto o valor real era de aproximadamente R$ 6,09.

Diante desses enganos, a AGU destacou a necessidade de resposta imediata do BC, questionando aspectos como: a precisão das cotações exibidas, se existem discrepâncias em outros países e se esses erros podem impactar o câmbio no Brasil. Em comunicado, a AGU frisou que as informações recebidas do BC podem levar a uma possível investigação por parte da Procuradoria-Geral da União (PGR).

Por sua vez, o Google confirmou a suspensão "por ora" da funcionalidade que exibe cotações de moedas estrangeiras. A partir de quinta-feira (26), as buscas pelo termo "dólar hoje" não resultam mais na apresentação de cotações atuais. Em nota enviada ao site Metrópoles, a empresa afirmou: "Os dados em tempo real exibidos na Busca vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros. Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações. Mais informações sobre nossas fontes de dados podem ser encontradas aqui.

Essa controvérsia levanta sérios questionamentos sobre a confiabilidade de dados financeiros disponíveis online, especialmente considerando que a imprecisão nas cotações do dólar pode influenciar decisões de investimento e planejamento financeiro de cidadãos e empresas. As autoridades agora estão sob pressão para que medidas sejam tomadas para garantir a veracidade das informações disponíveis ao público.