Não é exagero afirmar que o Google, uma das maiores gigantes da tecnologia, frequentemente decide descontinuar uma quantidade significativa de seus produtos e serviços. O site "Killed by Google", conhecido como o "cemitério do Google", lista os 296 itens que a empresa desenvolveu e posteriormente descontinuou. Em 2024, são nada menos que 30 serviços sendo 'sepultados'.

Algumas dessas extinções não causarão grande impacto, pois se tratam de funções pouco conhecidas. Por exemplo, somente em janeiro, 17 funcionalidades do Google Assistente foram eliminadas. O que levanta a questão: por que o Google continua criando e eliminando tantos produtos?

Um caso emblemático é a extinção do Google Pay, especialmente considerando que a empresa já havia introduzido o Google Wallet. Além disso, também havia o Android Pay, que foi descontinuado no passado. Entre as diversas descontinuidades deste ano, destacam-se o Google Podcasts, um chat dentro do Google Maps e até mesmo funcionalidades de anotações no Google Search.

Se eu soubesse que o chat do Google Maps existia, certamente teria utilizado. É uma pena ver algumas inovações que poderiam ter feito a diferença serem eliminadas sem licença.

Ao olhar para o passado, a lista de produtos excluídos pelo Google é impressionante, incluindo serviços como Google Video, Orkut, Google Reader e Picasa. Muitos usuários ainda sentem falta do Google Reader, um dos melhores leitores de feed RSS já existentes. Além disso, o Chromecast é outro produto que deixa saudades.

Mas o que realmente significa a eliminação de tantos serviços e produtos em tão pouco tempo? De acordo com especialistas, como Diogo Cortiz, isso se trata de apostas: o Google investe em ideias que parecem promissoras, mas que podem não encontrar aceitação no mercado. Cada novo lançamento envolve extensivas pesquisas sobre viabilidade, mas, se o produto não se adapta às expectativas do consumidor, rapidamente é descartado.

Cortiz expressa um temor em relação ao futuro do Snapseed, aplicativo de edição de fotos, e menciona outros produtos que podem correr o mesmo risco, como o Gboard, Photoscan e o Google Voice. A preocupação é válida, dadas as recentes decisões tomadas pela empresa.

Além disso, o uso crescente da inteligência artificial em várias esferas da tecnologia levanta questões sobre o futuro do setor. Por exemplo, o Pentágono já planeja utilizar IA para simular interações humanas na internet, o que prometem ser uma nova abordagem na vigilância e prevenção de atividades terroristas. Isso levanta um debate sobre ética e privacidade que terá repercussões significativas.

Em resumo, enquanto o Google continua a descontinuar serviços que podem soar como perdas insignificantes, o impacto maior é sobre a percepção do usuário e a direção futura que a empresa poderá seguir. Continuação ou desconstrução, o que você acha que vem a seguir para o Google?