Nação

Golpe à vista? Moraes rejeita pedido de Braga Netto para esconder interrogatório

2025-06-09

Autor: João

O que está em jogo?

No centro de uma das mais intrigantes investigações do Brasil, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, decidiu negar um pedido do general Walter Souza Braga Netto. Braga Netto, que enfrenta acusações em uma suposta trama golpista, queria que seu interrogatório fosse mantido em segredo.

Defesa ineficaz

Os advogados do ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro argumentaram que a divulgação do depoimento poderia prejudicar a imagem de Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente nas eleições de 2022. Contudo, Moraes não ficou convencido: "A defesa não apresentou evidências concretas de que haveria um efeito prejudicial" com a publicação do conteúdo.

Nova oportunidade?

Moraes afirmou que, caso novos argumentos solidificados sejam apresentados, uma nova análise poderá ser feita. "Se [a defesa] fornecer elementos concretos que justifiquem o sigilo, reavaliaremos", ressaltou.

Interrogatórios em andamento

Braga Netto, preso preventivamente no Rio de Janeiro, será ouvido através de videoconferência, ao contrário dos outros sete réus do 'núcleo crucial' da investigação, que comparecerão presencialmente.

Quem são os réus?

O coronavírus da trama começa com o depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator na investigação. Os demais a serem ouvidos incluem figuras notórias como: - Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-chefe da Abin; - Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; - Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; - General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; - Jair Bolsonaro, o ex-presidente; - Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.

Crimes em pauta

Esses oito réus são acusados de cinco crimes graves: 1. Abolição violenta do Estado Democrático de Direito; 2. Golpe de Estado; 3. Organização criminosa; 4. Dano qualificado; 5. Deterioração de patrimônio tombado.

Direitos dos réus

Os réus têm garantias constitucionais, como o direito de não se autoincriminar, o que significa que podem optar por permanecer em silêncio. A expectativa é que alguns deles, incluindo Bolsonaro, respondam às perguntas durante os interrogatórios.