Recentemente, a Polícia Federal fez uma descoberta alarmante: uma foto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, foi compartilhada pelo coronel Reginaldo Vieira de Abreu, agora um dos indiciados na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, para o general Mario Fernandes, uma das figuras centrais desta trama.

De acordo com a PF, Fernandes idealizou um plano que incluía a eliminação de autoridades, como o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes.

A imagem em questão foi capturada em 20 de novembro de 2022, enquanto Gilmar retornava de uma viagem a Lisboa para Brasília. Ao tomar conhecimento sobre a circulação de sua foto entre os militares, o ministro manifestou sua indignação aos colegas de corte, enfatizando a gravidade da situação.

Gilmar Mendes não hesitou em afirmar que a situação revela um "abuso completo" por parte dos militares que estariam arquitetando o golpe, deixando claro que os envolvidos estavam dispostos a tudo, até mesmo a "matar pessoas".

Embora tenha destacado que não possui um perfil punitivista, o ministro alertou que, neste contexto, é crucial que se adotem medidas além das condenações, para eliminar qualquer possibilidade de que os militares cogitem novas estratégias golpistas no futuro.

Além disso, o relatório da PF que menciona a foto de Gilmar revela que, na mesma época em que a imagem foi tirada, existia uma minuta de plano golpista que previa, entre outras ações autoritárias, a prisão do próprio ministro.

Curiosamente, o nome de Gilmar foi excluído posteriormente, como relatou o tenente-coronel Mauro Cid, durante um acordo de delação premiada.

Esse acontecimento lança um novo prisma sobre a segurança das autoridades no Brasil e levanta questões sobre o papel das forças armadas na política.

O desfecho dessa investigação pode trazer à tona novas revelações explosivas que certamente manterão a população atenta às ações e furores nos bastidores do poder.