A Getty Images anunciou a aquisição da Shutterstock, criando uma gigante do setor de imagens e conteúdos visuais avaliada em impressionantes US$ 3,7 bilhões, incluindo dívidas. A proposta da Getty oferece US$ 28,85 por ação da Shutterstock, o que corresponde a cerca de 13,5 ações da própria companhia. Os acionistas têm a opção de receber o pagamento em dinheiro ou por uma combinação de ações.

Com essa fusão, a Getty vai desembolsar aproximadamente US$ 331 milhões em dinheiro e 319,4 milhões em ações próprias. Após a fusão, os acionistas da Getty terão cerca de 54,7% da nova entidade, enquanto os da Shutterstock detêm o restante. Craig Peters, atual CEO da Getty, continuará à frente da nova estrutura.

Essa fusão coloca juntos dois gigantes do conteúdo visual licenciado nos Estados Unidos, numa era em que a inteligência artificial e a facilidade de smartphones estão desafiando o valor das bibliotecas de imagens tradicionais. A combinação da vasta biblioteca da Getty, repleta de fotos e vídeos, com a plataforma interativa da Shutterstock, promete aprimorar a experiência do usuário, permitindo melhor acesso e publicação de conteúdo.

No entanto, essa união não vem sem desafios. Ambas as empresas enfrentaram quedas significativas em suas ações desde suas respectivas aberturas de capital. Desde julho de 2022, a Getty viu seu valor de mercado encolher cerca de 73%, enquanto a Shutterstock caiu aproximadamente 50%. Contudo, após o anúncio da fusão, as ações da Shutterstock saltaram 44% nas negociações pré-mercado, e a Getty teve um aumento impressionante de 100%!

As empresas estão confiantes de que a fusão permitirá cortes de custos e um aumento na lucratividade, oferecendo um portfólio de serviços mais robusto para setores como mídia, publicidade e criação de conteúdo.

Além disso, a fusão representa um marco controverso em termos de regulação antitruste. A nova administração, sob o governo Trump, será testada na sua disposição em permitir incorporações em setores com grande concentração de mercado, diferentemente do governo Biden, que bloqueou fusões significativas em setores como supermercados e companhias aéreas. A transação deve ser cuidadosamente monitorada pelos reguladores, mas há expectativas de que a supervisão será menos rigorosa do que o habitual, especialmente em setores como o de mídia e tecnologia.

Ao longo de sua história, a Getty Images passou por várias transformações, incluindo períodos de privatização e reestruturação. A empresa já foi comprada e vendida diversas vezes, com o controle da família Getty sendo restabelecido em 2018. Essa fusão é vista como uma nova era tanto para a Getty quanto para a Shutterstock, que buscam solidificar sua presença no mercado em constante evolução do conteúdo visual.

As incertezas em torno da fusão e seus desdobramentos não param por aqui. A expectativa é que essa movimentação impacte não apenas o mercado de imagens, mas também a aderência e a legislação em torno da propriedade intelectual, especialmente em tempos de crescente inovação tecnológica. Fique atento para mais atualizações!