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Gesto de Elon Musk gera repúdio na comunidade judaica e paralelos com Hitler

2025-01-21

Autor: Lucas

O bilionário Elon Musk se vê em uma situação delicada após um gesto controverso em um comício de apoio a Donald Trump, realizado em Washington no dia 20 de novembro. A comunidade judaica americana não hesitou em condenar o ato, o qualificando como alarmante e comparando-o à famosa saudação nazista.

Durante seu discurso, Musk fez um gesto peculiar: tocou o peito com a mão direita e então extendou o braço, repetindo a ação diversas vezes. Essa ação imediata provocou reações nas redes sociais, onde muitos usuários rapidamente fizeram a associação ao que é conhecido como "saudação romana", um gesto com uma história sombria ligado ao nazismo.

Em meio ao furor das críticas, Musk ironizou a situação em sua conta na rede social X, afirmando: "Francamente, ataques do tipo ‘todo mundo é Hitler’ estão tão desgastados". Essa resposta pouco ortodoxa não apaziguou as vozes críticas, incluindo o Instituto Israel-Brasil, que expressou em um comunicado que, apesar do apoio explícito ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Musk não está isento de acusações de antissemitismo.

Este não é o primeiro deslize de Musk em questões que envolvem a comunidade judaica ou a política extrema. O magnata já recebeu críticas por seu apoio implícito a partidos neonazistas na Europa, como o AfD na Alemanha, e por comentários ofensivos dirigidos ao magnata judeu George Soros, a quem acusou de "destruir a civilização ocidental".

A situação foi ainda mais acentuada por outro incidente no mesmo dia, onde Steve Bannon, ex-estrategista chefe da Casa Branca durante o primeiro governo Trump, fez um gesto semelhante. Atos dessa natureza levantam bandeiras de alerta para a comunidade judaica, especialmente em um contexto global onde movimentos ultranacionalistas estão em ascensão.

O Instituto Israel-Brasil ressaltou em seu comunicado a importância de entender a gravidade do gesto de Musk, associado a uma época marcada pela opressão e pelo extremismo. Eles destacaram que a saudação em questão, tradicionalmente ligada aos regimes totalitários, é um símbolo que não deve ser banalizado, especialmente quando proferido por figuras de proa da atualidade.

Musk, com sua enorme influência e alcance global, tem a responsabilidade de ser cauteloso com suas ações e discursos, pois eles têm repercussões que vão muito além do instante em que são proferidos. O cenário atual exige uma reflexão séria sobre a retórica utilizada, a fim de evitar um retorno a um passado que deve ser sempre lembrado e combatido.