
Geórgia Realiza Demissão em Massa de Servidores por Apoio à União Europeia
2025-04-15
Autor: Gabriel
Gigantesca Demissão em Alerta na Geórgia
Em uma medida chocante, a Geórgia acaba de demitir aproximadamente 700 funcionários públicos que ousaram apoiar os protestos a favor da União Europeia, que vêm se intensificando desde dezembro. O alarmante dado foi revelado pela seção local da Transparência Internacional, uma respeitada organização anticorrupção.
Protestos e Tensão Crescente
As manifestações começaram a ganhar força em novembro, após uma decisão controversa do governo, acusado de estar se aproximando da Rússia e adotando medidas autoritárias, que decidiu congelar as negociações de adesão da Geórgia à UE até 2028. Essa interrupção abrupta de um sonho nacional gerou uma onda de indignação em um país com 3,7 milhões de habitantes.
Reações Intensas e Protestos em Andamento
Funcionários de diversos órgãos do governo assinaram cartas abertas denunciando as demissões e até mesmo diplomatas de várias embaixadas manifestaram seu descontentamento, pedindo demissões em um sinal de protesto. O primeiro-ministro Irakli Kobakhidze descreveu essas cartas como uma "autolimpeza" do serviço público, alegando que visavam eliminar elementos considerados desleais.
Repressão e Mudanças Legais
Os protestos, que continuam a florescer, resultaram em uma violenta repressão por parte das autoridades georgianas, gerando condenação por parte de nações ocidentais. Desde o início das manifestações, o partido governista, Georgian Dream, fez várias alterações nas leis que regem o serviço público, enfraquecendo as proteções legais dos trabalhadores do setor.
Setores Atingidos e Implicações Finais
A Transparência Internacional revelou que os setores mais afetados pelas demissões em massa incluem o Ministério da Defesa e a prefeitura de Tbilisi, a capital. A resposta do governo a essas graves alegações de descontentamento permanece ausente.
Relações em Declínio com o Ocidente
Apesar de ser historicamente um dos países mais pró-Ocidente entre os ex-estados soviéticos, as relações da Geórgia com o Ocidente azedaram nos últimos anos, principalmente após o início da invasão russa à Ucrânia em 2022. O partido Georgian Dream, que é visto como dominado pelo bilionário ex-primeiro-ministro Bidzina Ivanishvili, foi reeleito em uma eleição de outubro considerada fraudulenta pela oposição.
Legislação Controverso e Desafios Futuros
Nos últimos anos, o Georgian Dream introduziu uma série de legislações polêmicas, incluindo restrições aos direitos LGBT e a exigência de que organizações que recebem dinheiro do exterior se registrem como "agentes estrangeiros". Embora o governo afirme desejar ainda ingressar na União Europeia, também defende relações equilibradas com a Rússia, resguardando valores tradicionais.