A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo deu um passo importante na modernização de sua estratégia de segurança ao implementar o uso de um cão-robô para patrulhamento em eventos com alta concentração de público. Esse novo equipamento fez sua estreia durante as festividades de Réveillon na Avenida Paulista na semana passada, marcando um novo rumo para a segurança pública na cidade.

Este cão-robô é equipado com câmeras que utilizam algoritmos avançados de reconhecimento facial, transmitindo imagens em tempo real para a central do Smart Sampa, o programa de videomonitoramento da prefeitura. Com essa tecnologia, a GCM poderá não apenas localizar pessoas desaparecidas e foragidos, mas também identificar veículos suspeitos de atividades ilícitas como furto e roubo.

Além de atuar em grandes eventos, o cão-robô desempenha um papel crucial no patrulhamento diário do centro da capital, realizando varreduras em áreas de risco antes da aproximação de agentes da GCM. Essa abordagem inovadora visa garantir a segurança de todos, utilizando a tecnologia para apoiar a ação humana.

O uso do cão-robô não é uma novidade total, pois já foi testado em eventos fechados em 2024, como jogos da NFL e Fórmula 1, onde demonstrou sua eficiência em ambientes de alta pressão.

Os robôs são operados remotamente e sempre acompanhados por uma equipe de pelo menos três agentes, dispostos a até 300 metros de distância, garantindo a segurança e a operação eficaz do dispositivo. O cão-robô possui a capacidade de se mover em locais de difícil acesso, podendo subir e descer escadas e até realizar manobras ágeis, o que aumenta sua versatilidade em missões de patrulhamento.

Com uma autonomia de bateria de até duas horas, o cão-robô foi fabricado por uma empresa chinesa, que também fornece outras tecnologias para o sistema Smart Sampa. Embora a GCM ainda não tenha divulgado informações sobre o custo de operação deste equipamento, a expectativa é que ele traga uma redução significativa nos índices de criminalidade durante eventos de grande porte.

Até o momento, a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) ainda não definiu um nome oficial para esse pet cibernético, que promete se tornar uma parte habitual do arsenal da segurança pública em São Paulo.

Enquanto isso, a cidade se prepara para a implementação de mais novidades tecnológicas em segurança, com a esperança de que a presença do cão-robô contribua para um ambiente mais seguro e tranquilo para todos os cidadãos e visitantes.