
Galvão exalta a urgência de investigação do MP contra a CBF: 'É a politicagem que afunda o futebol'
2025-04-08
Autor: Matheus
O renomado jornalista Galvão Bueno clamou por uma investigação do Ministério Público (MP) após denúncias contundentes publicadas pela revista Piauí contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.
Galvão destacou que as revelações feitas na reportagem são alarmantes e pedem um profundo escrutínio: "Essa reportagem exige uma investigação séria e a atuação do Ministério Público. Precisamos trazer à tona as complicações que cercam esse caso, é nosso dever como cidadãos fazer isso".
Ele reforçou que o MP deve iniciar um inquérito e tomar as medidas necessárias para tratar essa questão. "Ministério Público, em nome do futebol brasileiro, pedimos que atuem aqui", enfatizou o narrador.
Recentemente, a CBF tomou a polêmica decisão de elevar os salários dos presidentes das federações estaduais de R$ 50 mil para impressionantes R$ 215 mil, representando um aumento de 330%. Essa alteração aconteceu logo após a reeleição de Ednaldo Rodrigues, que recebeu 100% dos votos das federações e clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.
Galvão questionou a plausibilidade de um presidente de federação receber um salário tão exorbitante: "Como é possível uma CBF não explicar esse aumento? É inadmissível que presidentes de federações recebam salários que ultrapassam os R$ 200 mil".
Ele ainda revelou sua preocupação com a forma como recursos financeiros estão sendo usados. "Essa quantia astronômica parece ser mais um exemplo de politicagem que compromete os princípios do nosso futebol".
Escândalo na Copa do Mundo
A revista Piauí também encontrou irregularidades durante a Copa do Mundo do Catar. Relatos indicam que as despesas extras da esposa do presidente da CBF na hospedagem totalizaram R$ 37 mil. Curiosamente, um grupo de 49 brasileiros, cujos nomes foram divulgados, desfrutou de luxos pagos pela CBF durante o torneio.
"Vários deles tiveram atendimento VIP desde sua chegada ao Aeroporto Internacional de Doha, outros voaram na primeira classe e um beneficiado recebeu um cartão corporativo que permitia gastos de até US$ 500 (aproximadamente R$ 2,5 mil), tudo custeado pela CBF. Importante ressaltar que nenhum desses 49 tinha relação direta com a confederação ou com as federações estaduais", dá conta a publicação.
Essas revelações têm levantado um clamor popular por transparência e ética no futebol brasileiro, criando um cenário de incerteza sobre o futuro da CBF e a integridade do esporte no país.