
Gabriel Galípolo: OBC vai ao Copom com 'opções em aberto' e defende cautela
2025-06-07
Autor: Lucas
BC e a Reunião do Copom: Uma Abordagem Cautelosa
Neste sábado (7), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deixou claro que os diretores da instituição entrarão na próxima reunião de política monetária com 'opções em aberto'. Ele enfatizou que o momento exige flexibilidade e prudência frente a um cenário de elevada incerteza global e nacional.
Flexibilidade e Cautela no Cenário Atual
Durante sua participação no Fórum Esfera, em Guarujá, Galípolo destacou que, diante da incerteza, não é adequado que o Banco Central faça movimentos abruptos em uma política já contracionista. 'Nossas comunicações reiteram que dois termos são cruciais: flexibilidade e cautela', afirmou.
Inflação Acima da Meta: O Desafio do BC
Galípolo também expressou insatisfação com o nível da inflação, que continua acima da meta de 3%. Ele reafirmou que o Banco Central está comprometido em trazer a inflação para dentro dos níveis estabelecidos, além de defender a valorização do real.
Expectativas do Mercado e Decisões do Copom
O Comitê de Política Monetária (Copom) fará sua próxima reunião nos dias 17 e 18 de junho. Após aumentar a Selic para 14,75% ao ano em maio, as expectativas do mercado estão divididas: mais de 60% apostam em um aumento, enquanto uma parte considerável ainda prevê manutenção da taxa.
Avanços na Relação entre Executivo e Legislativo
Questionado sobre a recente interação entre o governo e o Congresso em torno do aumento do IOF, Galípolo considerou essa colaboração uma 'boa notícia'. Ele destacou que essa disposição conjunta é crucial para criar uma agenda estrutural que assegure a sustentabilidade fiscal do Brasil e atraia investimentos.
Destacando a Sustentabilidade Fiscal para Investimentos
O presidente do BC ressaltou a importância da convergência entre os poderes para discutir reformas fiscais, especialmente em momentos de busca por diversificação por parte de investidores internacionais. 'O Brasil deve transmitir uma mensagem clara de sustentabilidade fiscal', observou, o que pode impulsionar a atração de investidores no cenário atual.
Conclusão: O Caminho a Seguir
Galípolo frisou a importância de manter a autonomia do Banco Central sob a política monetária, enquanto alude que a política fiscal deve ser discutida e negociada com diversos atores. Essa diferença é essencial para um gerenciamento eficaz da economia.