Nação

G7 Denuncia Legitimidade na Posse de Maduro: O Clamor pela Democracia na Venezuela

2025-01-12

Autor: Pedro

Os ministros das Relações Exteriores do G7, grupo que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo, expressaram sua firme condenação à posse de Nicolás Maduro, qualificando-a como uma ‘falta de legitimidade’ democrática. A declaração foi emitida na última sexta-feira pelo Canadá, que atualmente preside o grupo.

Em um tom incisivo, o G7 afirmou: “Rejeitamos a contínua e repressiva pressão de Maduro sobre o poder às custas do povo venezuelano, que optou pela mudança pacífica e em grande número nas eleições de 28 de julho de 2024, conforme observado por organizações independentes e registros eleitorais públicos.”

Além disso, o grupo denunciou a incessante repressão à sociedade civil e aos membros da oposição na Venezuela, fazendo menção à líder oposicionista María Corina Machado. O comunicado indicou ainda que o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, foi o vencedor legítimo das eleições, destacando que “em uma democracia, nenhum líder político deve ser forçado a buscar refúgio fora de sua terra natal”, referindo-se ao exílio do ex-diplomata na Espanha. A nota apelou à urgente criação de um ambiente em que o engajamento democrático possa prosperar na Venezuela, livre do temor de represálias.

O G7, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, tem se mostrado cada vez mais ativo nas discussões relacionadas à crise venezuelana, reconhecendo a gravidade da situação no país.

Na sexta-feira, Nicolás Maduro tomou posse para seu terceiro mandato consecutivo em um evento marcado por um clima de tensão. Apesar das evidências de que seu oponente, Edmundo González Urrutia, saíra vitorioso nas eleições, Maduro foi oficialmente empossado pela Assembleia Nacional, dominada pelo seu partido, no Palácio Federal Legislativo em Caracas.

A cerimônia ocorreu em meio a uma onda de protestos na capital, onde centenas de manifestantes se opuseram ao governo. Durante os protestos, María Corina Machado, que foi brevemente detida por forças de segurança, fez uma aparição pública significativa após meses afastada, clamando pelo direito do candidato opositor de assumir a presidência. Sua presença nas ruas simboliza a resistência da oposição diante da repressão e o desejo de mudança na Venezuela, uma nação que há anos enfrenta crises políticas, econômicas e humanitárias sem precedentes.

A comunidade internacional continua a observar de perto a situação na Venezuela, e o G7 reafirma sua posição em prol da democracia e dos direitos humanos, enfatizando que a luta pelo futuro do país deve ser respaldada pela vontade popular.