Tecnologia

Funcionários da Amazon em caos com o fim do home office: 'Prefiro voltar às aulas'

2024-09-17

A decisão da Amazon de encerrar o home office causou comoção entre seus funcionários, que se sentem traídos pela nova política imposta pelo CEO Andy Jassy. A partir de janeiro, todos devem voltar ao escritório cinco dias por semana, e muitos já estão planejando deixar a empresa em protesto.

A insatisfação é evidente nas redes sociais, com funcionários expressando sua frustração publicamente e em canais internos, como o Slack. Um deles chegou a declarar: "Posso negociar com meu gerente para ir para o Plano de Melhoria de Desempenho (PIP)... Cansei de tudo isso e só quero pegar meu dinheiro e ir embora!"

Alguns funcionários já mudaram seu status no LinkedIn para ‘#opentowork’, indicando que estão à procura de oportunidades mais flexíveis, enquanto outros expressaram que prefeririam retornar aos estudos do que passar por esse processo desgastante.

Um engenheiro da Amazon Web Services revelou: "A Amazon anunciou um retorno ao escritório de cinco dias, o que é lamentável, porque quero trabalhar para viver, não apenas para cumprir normas e demonstrar virtude." Ele não hesitou em solicitar conexões para vagas remotas: "Se você souber de oportunidades, por favor, me avise. Ninguém quer mais essa rotina."

Um veterano da Amazon, que trabalhou na empresa durante três anos, compartilhou sua decisão de mentalmente se desligar do emprego atual enquanto busca novas oportunidades. Ele disse: "Provavelmente, vou me demitir. F*** Jassy". Muitos funcionários concordam que essa política foi um ‘golpe baixo’ contra a cultura de trabalho flexível que foi desenvolvida durante a pandemia.

Jassy, que assumiu o comando da Amazon em 2021, descreveu o retorno ao escritório como uma forma de melhorar a colaboração e a produtividade, relembrando os tempos antes da Covid-19. No entanto, essa mudança ocorreu em um momento em que a Amazon já havia sido criticada por demitir funcionários sob a justificativa do retorno ao escritório.

Além disso, é importante ressaltar que essa política não só revoga a flexibilidade que muitos trabalhadores conquistaram, mas também levanta questões sobre o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Com o aumento do estresse relacionado ao trabalho e a necessidade de um melhor bem-estar mental, a luta dos funcionários da Amazon pode ser um reflexo de um movimento maior entre trabalhadores de diversas indústrias, que buscam maior equilíbrio e flexibilidade em suas rotinas de trabalho.

As repercussões dessa decisão ainda estão se desenrolando, e muitos já se perguntam: será que a Amazon irá reconsiderar sua decisão antes que uma onda de demissões comece?