As escolas do Distrito Federal receberam autorização para cancelar as aulas nesta segunda-feira, 16, devido ao intenso incêndio que atinge o Parque Nacional de Brasília desde domingo, 15. A fumaça e fuligem aumentaram a poluição do ar, que já se encontrava comprometida por meses de seca. Apesar da gravidade, alguns ainda se perguntam: o que está acontecendo realmente?

A Secretaria de Educação do DF (SEEDF) destacou que a decisão de cancelar as aulas deve ser tomada de forma independente pelas instituições de ensino, considerando a saúde e a segurança da comunidade escolar. A secretaria orientou que caso as condições do ar sejam inadequadas, as aulas podem ser suspensas temporariamente, com um plano para reposição das atividades a ser elaborado posteriormente.

Instituições como o Centro de Ensino Médio da Asa Norte (CEAN), o CEM Paulo Freire e o Centro de Ensino Fundamental 1 do Lago Norte (CELAN) já suspenderam suas aulas. Na Universidade de Brasília (UnB), o expediente presencial também foi cancelado, com a sugestão de que atividades possam ser realizadas remotamente. Algumas escolas particulares seguiram o exemplo e já comunicaram a suspensão das aulas.

A situação é ainda mais alarmante, pois a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar a causa do incêndio que consome o Parque Nacional, localizado próximo à Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República. O parque, famoso por sua biodiversidade, é uma unidade de conservação gerida pelo ICMBio, que já está atuando na contenção do fogo em conjunto com o Corpo de Bombeiros do DF.

Em resposta a essa tragédia ambiental, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, anunciou a liberação de um orçamento emergencial para combater incêndios florestais em diversas regiões do Brasil. Além disso, ele autorizou o uso do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol) para priorizar os inquéritos relacionados a queimadas.

Vale lembrar que a SEEDF já havia adotado certas diretrizes durante o período de seca, como a suspensão temporária das aulas de educação física e recomendações para que as escolas mantenham os bebedouros em condições adequadas e que incentivem os alunos a trazerem garrafinhas de água. A ventilação nas salas de aula e a manutenção das práticas de higiene também são essenciais nesse contexto preocupante.

A comunidade está em alerta e espera que as autoridades tomem medidas efetivas para lidar com essa situação alarmante enquanto tentam entender como prevenir que incêndios desse tipo voltem a acontecer na capital.