Fóssil de criatura marinha de 500 milhões de anos que brilha mais que ouro de tolo revoluciona a paleontologia
2024-10-29
Autor: Matheus
Descoberta notável na paleontologia
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford fez uma descoberta impressionante: uma nova espécie de artrópode, datando de aproximadamente 450 milhões de anos, foi identificada a partir de fósseis notáveis preservados em material que se assemelha ao ouro. Este fenômeno, conhecido como "ouro de tolo", é frequentemente confundido com o verdadeiro ouro, mas na verdade é uma liga de pirita que resulta em impressionantes fósseis 3D.
Lomankus edgecombei
O espécime recebeu o nome de Lomankus edgecombei, em homenagem ao renomado cientista Greg Edgecombe, do Museu de História Natural de Londres. Este artrópode é um membro do grupo Megacheira, que inclui criaturas com uma apêndice frontal especializado.
Desafiando as visões tradicionais
A descoberta desafia a visão predominante de que esses megacheiranos já estavam extintos durante o Período Ordoviciano (485 - 443 milhões de anos atrás), ao mostrar que eles podem ainda ter habitado os oceanos. Estudos adicionais sobre L. edgecombei podem revelar importantes questões sobre a evolução dos artrópodes e como eles desenvolveram seus adaptáveis apêndices, que desempenham funções críticas em suas vidas.
A diversidade dos artrópodes
Luke Parry, principal autor do estudo, comentou: “No mundo, os artrópodes são o grupo de animais mais diverso. Sua capacidade de adaptação e inovações, como a evolução de suas cabeças e apêndices, desempenharam um papel crucial em seu sucesso.”
Características do Lomankus
Curiosamente, as garras de Lomankus são reduzidas, mas possuem três longos flagelos que podem ter sido utilizados para sensorizar o ambiente, ao invés de capturar presas. Isso sugere que o estilo de vida dessa espécie era bastante diferente de seus parentes mais antigos.
Importância do local da descoberta
Os fósseis foram encontrados em um local de extraordinária relevância paleontológica, o "Beecher's Trilobite Bed", em Nova York, onde trilobites são comuns, mas outros tipos de organismos são uma raridade. O ambiente sedimentar, com baixa taxa de oxigênio, favoreceu a preservação extraordinária do Lomankus sp.
Avanços na tecnologia
Parry descreve: “Esses fósseis não apenas brilham em uma impressionante cor dourada, mas são tão bem conservados que parecem prestes a se levantar e correr a qualquer momento.”
Exploraçào via tomografia computadorizada
Graças à densidade do ouro de tolo, os fósseis podem ser escaneados via tomografia computadorizada, o que fornece detalhes valiosos sobre sua anatomia e promete aumentar nossa compreensão sobre a evolução da vida marinha há 450 milhões de anos. Conforme a tecnologia avança, novas revelações sobre as origens dos artrópodes e suas interações ecológicas continuam a surgir, lançando luz sobre um passado remoto e ainda muito misterioso.