Nesta segunda-feira, 20 de janeiro, teve início a 55ª edição do Fórum Econômico Mundial em Davos, nos Alpes Suíços. Para a decepção de muitos, o Brasil mais uma vez tem uma agenda esvaziada, sem a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Economia, Fernando Haddad, pelo terceiro ano consecutivo.

A presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ainda é incerta e deve ser confirmada após uma reunião ministerial com Lula. Silveira pode ser o principal representante do governo brasileiro no evento, onde está previsto que discorra no painel "Brasil: Mais ações pela frente?" amanhã, 21 de janeiro.

O painel contará também com a participação do presidente do Supremo Tribunal Federal, Roberto Barroso; do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB); e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD). Barroso deve abordar a regulação e o uso da inteligência artificial, um tema em alta, dado o avanço das tecnologias digitais.

Esta ausência de líderes brasileiros no Fórum é notável, considerando que Lula participou de edições anteriores em 2003, 2005 e 2007, quando se destacou como uma voz influente nas discussões globais. Este ano, a equipe econômica brasileira está completamente ausente, levantando questões sobre a representação do Brasil no cenário internacional.

Embora Lula e Haddad não estejam presentes, alguns executivos de peso do Brasil marcam presença, como Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Gustavo Pimenta, CEO da Vale. Esses líderes têm uma contribuição relevante nas discussões sobre as economias emergentes e a urgência de ações globais frente aos desafios financeiros atuais.

COP30 e Mudanças Climáticas

Por outro lado, o evento da COP30, que vai acontecer em Belém, no Pará, em novembro deste ano, também mereceu destaque. O secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente, André Corrêa do Lago, cancelou sua participação no Fórum, onde falaria sobre os desafios da conferência que é organizada pela ONU. A COP30 será a cúpula que reunirá lideranças mundiais para discutir as ações necessárias contra as mudanças climáticas, e é imperativo que o Brasil esteja bem representado.

O governo brasileiro ainda não decidiu quem ocupará a presidência da COP30, algo que levanta a preocupação sobre a capacidade do Brasil em liderar as discussões climáticas globais. Com o tema "Colaboração para a Era Inteligente" em pauta no Fórum de Davos, a discussão sobre os choques geopolíticos e a transição energética se torna fundamental, especialmente em um momento onde a sustentabilidade e as energias limpas são vitais para o futuro.

O Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), aprovado pela Câmara dos Deputados, visa criar mecanismos de financiamento para a produção de energia limpa e renovável, buscando substituir gradualmente os combustíveis fósseis. O Brasil tem o potencial de se tornar um líder na produção de energia sustentáveis, mas para isso, é crucial que o país participe ativamente de fóruns internacionais e colabore em iniciativas globeais.

Não perca as atualizações deste evento que pode impactar diretamente o futuro econômico e ambiental do Brasil e do mundo!