A presença de fluoreto na água potável, creme dental e até no sal é um assunto que divide opiniões. Recentemente, uma declaração polêmica de Robert Kennedy Jr., sobrinho do assassinado ex-presidente dos EUA John F. Kennedy, reacendeu o debate. Kennedy, que é conhecido por suas opiniões antivacina e sua simpatia por Donald Trump, afirmou que quando Trump assumir a presidência, a Casa Branca recomendará a suspensão da fluoretação da água, citando o fluoreto como um resíduo industrial associado a doenças como câncer ósseo e distúrbios do neurodesenvolvimento.

O fluoreto, frequentemente confundido com o flúor, um gás altamente tóxico, é uma substância que pode ser encontrada em várias formas, como sais. Ele ocorre naturalmente em diversos minerais e está presente nos ossos e esmalte dental dos seres humanos, além de alimentos como chás e peixes.

Os defensores da fluoretação argumentam que ela ajuda a reduzir cáries, especialmente em crianças. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA classifica a fluoretação como uma das invenções mais impactantes na saúde pública do século 20.

Por outro lado, a controvérsia persiste. Críticos, como Kennedy, alertam para os riscos associados ao consumo excessivo de fluoreto, que pode levar à fluorose dental e, em casos extremos, a problemas ósseos e renais. A dose é fundamental: o CDC recomenda uma concentração de 0,7 mg por litro de água, mas exceder essa quantidade pode acarretar consequências sérias, especialmente para crianças.

Estudos mais recentes levantaram preocupações sobre a relação entre fluoreto e desenvolvimento cognitivo infantil. Uma metanálise de 2023 sugere que a ingestão de fluoreto, mesmo em quantidades consideradas seguras, pode impactar negativamente o QI das crianças. Contudo, especialistas avisam que a qualidade dos estudos varia significativamente, o que pode afetar a precisão dessas conclusões.

Ainda é uma questão em aberto: O que será do futuro da saúde dental e cognitiva se a fluoretação da água for abolida? Afinal, a remoção do fluoreto da água pode realmente levar a um aumento significativo nas cáries, ou estamos apenas arriscando o bem-estar de nossa saúde mental e física em nome de um debate científico? O que você acha? Deixe sua opinião!