Nesta quinta-feira (11), Flávio Bolsonaro, senador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, não poupou palavras ao criticar os ministros da Primeira Turma do STF, referindo-se a eles como a "turma da farsa". Sua insatisfação surgiu após o voto do magistrado Luiz Fux, que absolveu o ex-presidente de acusações graves.

Enquanto Fux se posicionou pela absolvição de Jair Bolsonaro e outros seis réus, os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia optaram pela condenação, criando um tumulto nas deliberações.

"A turma da farsa acusou o golpe com a aula dada por Luiz Fux, em seu voto de ontem. O joguinho combinado dos outros quatro membros da 1ª Turma durante o voto de Cármen Lúcia foi apenas constrangedor, especialmente com a inclusão de um aditamento não regimental do voto de Alexandre de Moraes que, até onde sei, não está nos autos", disparou Flávio.

Fux, após um longo dia de mais de 13 horas de deliberações, votou pela absolvição total dos réus, entre eles: Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa).

Mas quais crimes estão sendo atribuídos a esses réus? O grupo enfrenta acusações de uma série de crimes graves na Suprema Corte, incluindo:

1. Organização criminosa armada;

2. Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

3. Golpe de Estado;

4. Dano qualificado pela violência e ameaça grave (exceto Ramagem);

5. Deterioração de patrimônio tombado (também exceto Ramagem).

As tensões nos bastidores judiciais continuam intensas enquanto a política brasileira aguarda as próximas movimentações nesse jogo de xadrez judicial.