
Fintechs: Inimigas ou Aliadas? A Verdade Revelada!
2025-09-06
Autor: Matheus
Fintechs e o Crime: Mitos e Realidade
Uma recente operação batizada de Carbono Oculto expôs o uso questionável de fintechs em transações ligadas ao PCC no setor de combustíveis. Eduardo Lopes, líder da Zetta — a associação que reúne gigantes como Nubank e Mercado Pago — defende que essas instituições não são a porta de entrada para o crime, apesar das acusações pesadas que tiveram que enfrentar.
Banco Central: O Guardião do Setor Financeiro?
Lopes elogia a postura do Banco Central em separar o que é saudável do que é tóxico na indústria. Ele afirma que a associação apoia as novas regras que proíbem a operação de instituições não autorizadas, independentemente do volume de transações.
Desconfiança Generalizada: O Que Fazer?
A repercussão da operação despertou desconfianças em massa sobre o setor de fintechs. Apesar de muitos proclamarem que essas plataformas são o caminho para o crime, Lopes contesta: "A verdade é que a maioria das fintechs é sólida e segura, prestando um serviço essencial para a população."
Mudanças nas Regras: Conta Única ou Contas Individuais?
A operação evidenciou a questão das contas únicas utilizadas por algumas fintechs. Lopes esclarece que as grandes fintechs operam com contas individuais, enquanto um nicho específico, conhecido como Bank as a Service, ainda utiliza contas unificadas, mas está sob o desafio da nova regulamentação do Banco Central.
Fiscalização: Um Desafio em Tempo de Mudanças?
"Regular é fácil, fiscalizar é que é complicado!" — afirma Lopes. Com a aposentadoria de muitos funcionários no Banco Central nos últimos anos, a fiscalização se torna mais desafiadora em um cenário financeiro em constante evolução.
Reforço na Regulação: Seria Isso o Caminho?
Mudanças nas normas permitiram que certas instituições de pagamento operassem sem autorização prévia, desde que atingissem um volume específico de transações. Essa recalibração das regras, segundo Lopes, é necessária em um mercado que se tornou mais competitivo e complexo.
Os Bancos Irritados: Uma Questão de Concorrência?
A megaoperação provocou comemorações entre os grandes bancos. Lopes observa que essa situação gera um clima de competição desleal, onde bancos questionam a diferença de tratamento em relação às fintechs, mas é uma questão de narrativa. As principais fintechs já operam sob as mesmas exigências.
Lucros e Estruturas Diferentes: O Caso Nubank vs. Itaú
Apesar do Nubank ter mais clientes que o Itaú, Lopes destaca que seu portfólio de crédito é significativamente menor. Com licenças distintas, as fintechs enfrentam restrições que diferenciam suas operações em relação aos grandes bancos, que oferecem uma gama maior de produtos e serviços.
Conclusão: Fintechs e a Inclusão Financeira
Enquanto os grandes bancos detêm 80% do mercado de crédito, as fintechs se concentram em atender um público de menor renda, preenchendo uma lacuna importante no sistema financeiro. Então, a pergunta que fica é: fintechs são inimigas do sistema ou suas aliadas na inclusão financeira?